Leilão do terreno do estádio do Flamengo tem data marcada

Projeção do estádio do Flamengo (Foto: Reprodução)

A prefeitura do Rio de Janeiro divulgou na última terça-feira o leilão público do terreno do Gasômetro, local que foi desapropriado recentemente e onde o Flamengo pretende montar sua nova arena. O lance mínimo para a aquisição do terreno é de R$ 138,2 milhões e o Rubro-Negro não espera encontrar competição na aquisição da área que foi desapropriada recentemente pela prefeitura do Rio.

Arena com 70 mil lugares ocupará terreno do Gasômetro

O leilão do terreno onde será construído o futuro estádio do Flamengo tem data e local marcado, acontecerá no dia 31 de julho às 14:30h, no auditório da prefeitura, rua Afonso Cavalcanti, nº 455, cidade nova. Não é esperada concorrência e o vencedor do leilão terá que pagar o terreno à vista em até 5 dias, tratando-se da apresentação do projeto final, o prazo limite é de 18 meses e deverá iniciar a execução das obras em até 36 meses.

A prefeitura tem certas exigências para construção do novo estádio no terreno do Gasômetro. A arena precisará ter pelo menos 70 mil lugares, contando também com um projeto de estacionamento à altura deste público, inclusive é pensado em edifício-garagem ou subterrâneo. O arrematante também precisará ter um plano de mobilidade urbana com foco no uso de transporte coletivo e um bom acesso a pedestres.

Toda área em torno do novo empreendimento precisará ser revitalizada, com a criação de novas calçadas acessíveis e largas, com áreas temáticas em volta do estádio. A arena também precisará ter sistema de reutilização de água, entre outras mudanças que afetarão toda região em torno deste novo empreendimento.

Como o Flamengo pode pagar por esta obra?

Primeiramente para o pagamento do terreno do Gasômetro, o Flamengo deve vender os imóveis no morro da Viúva, o clube pretende arrecadar cerca de R$ 114 milhões com a venda de 38 apartamentos, cada um avaliado em R$ 3 milhões. O Mengão também pode usar o dinheiro em caixa para pagar esta conta, o valor registrado no final de março dos cofres flamenguistas eram de R$ 135,6 milhões.

Agora para a construção deste empreendimento, o Flamengo pretende vender os naming rights do estádio por pelo menos R$ 1 bilhão por 25 anos. Apesar do valor exorbitante, muitas empresas da indústria alimentícia, plataformas de vendas, instituições financeiras, casas de apostas e jogos de cassino online visam bastante estas parcerias como forma de destacarem suas marcas ainda mais.

Além de serem um local para disputar partidas de futebol, os estádios também podem servir para sediar grandes eventos, o que vem também a contribuir para a reserva financeira destes times. Inclusive o Flamengo já está em busca de uma parceria, Rodolfo Landim, atual presidente do clube, esteve em junho deste ano na Alemanha para tentar negociar com a seguradora Allianz.

Naming Rights geram grande receita no Brasil

A captação de um valor tão alto é algo bem possível para um clube do tamanho do Flamengo. Vale lembrar que no Brasil já existe uma venda de naming rights desta magnitude, o estádio Pacaembu em São Paulo, teve seus direitos de nome vendidos a empresa Mercado Livre, por R$ 1 bilhão durante 30 anos. Até o momento esta é a maior negociação deste tipo no Brasil, entretanto o Pacaembu não tem um time fixo.

Outras negociações que merecem destaque também são as do Allianz Parque, Neo Química Arena e Ligga Arena. A arena do Palmeiras teve seus direitos de nome vendidos à seguradora Allianz por R$ 300 milhões durante 20 anos, mesmo valor e prazo do Corinthians que fechou acordo com a Hypera Farma. O estádio do Athletico Paranaense também envolve grandes somas, R$ 200 milhões durante 15 anos.