Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, foi o convidado do programa Mesa Redonda da TV Gazeta no último domingo, onde esclareceu diversas questões internas do clube paulista. Entre os temas abordados, ele explicou sobre um possível impeachment do presidente Augusto Melo e comentou sobre a recente rescisão de contrato com a VaideBet, devido a uma denúncia de empresa laranja no acordo de intermediação.
Romeu detalhou como funciona o processo de impeachment dentro do clube, que depende da identificação de um crime conforme o estatuto do Corinthians.
— Para acontecer, precisa ter crime estipulado no estatuto. Posteriormente há uma representação que precisa ser aceita pelo presidente do Conselho, então vai para a ética, que precisa concordar. Depois vai para o plenário, e o plenário vota, afirmou Tuma.
Ele ressaltou que até o momento, nenhum pedido de impeachment foi oficialmente apresentado, desmentindo rumores de proteção a Augusto Melo.
— Ninguém pediu impeachment, eles só fazem fofoca para demolir o Corinthians. Todo esse barulho é para estragar o Corinthians, as pessoas só querem destruir o clube, disse Tuma.
Tuma, eleito no dia 1º de fevereiro com 164 votos, comentou sobre a transição de gestão e os desafios enfrentados. Ele destacou que qualquer erro na nova gestão será criticado devido ao desgaste da administração anterior.
— No Corinthians, se você não ganha título, é um desastre; se você ganhar um campeonato, ninguém vê mais nada, é a melhor gestão do mundo, afirmou.
Respondendo a uma crítica de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, que disse que seria um “caos” caso Augusto Melo assumisse a presidência por falta de experiência, Tuma defendeu a capacidade de Melo em montar uma boa equipe.
— O presidente do Corinthians não precisa entender de tudo, ele precisa entender de montar uma boa equipe e deixar ela trabalhar, declarou.
Por fim, o presidente mencionou a importância de relações internas saudáveis e a necessidade de reformas estatutárias para assegurar a integridade do clube. Ele enfatizou sua posição conciliadora e o compromisso com a fiscalização baseada no estatuto do Corinthians.
— Não há solução fora do estatuto do Corinthians, tudo o que é ruim e bom, está lá. Nós montamos uma comissão agora para reforma estatutária, está em andamento, mas só vai ser feito no Corinthians o que está no estatuto.
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