Especialista em arbitragem explica pênalti para o Flamengo: “Bem marcado”

Jogador do Criciúma chutou a segunda bola para atrapalhar Everton Cebolinha (Foto Reprodução/Premiere)

De virada, o Flamengo venceu o Criciúma por 2 a 1, neste sábado (20), em jogo válido pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O gol da vitória, entretanto, foi marcado após pênalti “polêmico” e nunca antes visto no futebol brasileiro. Todavia, segundo a regra, a penalidade foi bem marcada.

Especialista de arbitragem da Rede Globo, PC de Oliveira analisou o lance e explicou exatamente o funcionamento da regra, corroborando com a marcação da penalidade máxima e elogiando a atuação do árbitro Maguielson.

Na jogada em questão, o Flamengo estava no campo defensivo do Criciúma, e Everton Cebolinha comandava o lance. Uma segunda bola estava dentro da área, mas em nada interferia na jogada, até que Barreto, propositalmente, chuta a segunda bola em direção a primeira, de modo a atrapalhar o camisa 11 do Fla.

A “malandragem”, entretanto, custou caro, e o feitiço virou contra o feiticeiro. No momento do ocorrido, Maguielson logo assinalou penalidade máxima a favor do Flamengo, alegando infração de um “objeto arremessado na bola do jogo”.

Tem uma segunda bola e uma ação proposital do Barreto jogando a segunda bola na bola principal. Essa segunda bola, de acordo com a regra, é um objeto. E nas infrações com tiro livre direto, dentro da área, é pênalti. Toda vez que um jogador usa um objeto e arremessa contra o adversário, membro de arbitragem ou bola do jogo, deve ser reiniciado com tiro livre direto. Dentro da área é pênalti, bem marcado -, disse, antes de prosseguir.

Muito se questiona se deveria paralisar, mas o jogo só paralisa se a segunda bola interferir no andamento, e ela não interferiu. Só houve interferência a partir de uma ação proposital do Barreto. Ela tem proximidade, mas a interferência ocorre a partir do toque proposital, de ação deliberada, intencional, e o árbitro, concentrado, marcou corretamente -, concluiu.