John Textor critica regras do futebol brasileiro e Rogério Ceni rebate com ironia
John Textor, dono da SAF do Botafogo, movimentou o noticiário na última semana ao criticar as regras do futebol brasileiro, alegando que eles poderiam levar a um monopólio financeiro do Bahia no futuro. Textor comparou a situação ao domínio financeiro do PSG no futebol francês, controlado pelo Catar, sugerindo que o mesmo poderia ocorrer no Brasil com o Grupo City, dos Emirados Árabes, que detém 90% do Bahia SAF.
Em uma entrevista coletiva após a partida contra o Corinthians, o técnico do Bahia, Rogério Ceni, foi questionado sobre as declarações de Textor. Embora tenha preferido não se aprofundar no assunto, Ceni não deixou de expressar sua opinião.
“Essa parte é uma parte administrativa, não tenho muito a comentar. Tem equipes com orçamento dobrado do Bahia, o próprio Botafogo é uma equipe que contratou belos jogadores”, afirmou Ceni.
Ceni destacou a compra de Luiz Henrique pelo Botafogo, um jogador que foi adquirido por 20 milhões de euros e que recentemente marcou o gol da vitória do time. Ele ironizou as críticas de Textor ao monopólio financeiro, lembrando que o próprio Botafogo tem feito contratações milionárias.
“Luiz Henrique ontem fez o gol que deu os três pontos, por 20 milhões de euros. Não entro nesse mérito, é uma democracia… Não entro em uma análise administrativa. Já temos problemas suficientes na parte futebolística pra entrar em decisões administrativas”, disse Ceni.
De acordo com o portal GE, o Botafogo já ultrapassou R$ 260 milhões em compras de jogadores somente no ano de 2024. Recentemente, o clube quebrou o recorde de contratação mais cara da história do futebol brasileiro ao adquirir o meia argentino Thiago Almada por 25 milhões de euros (R$ 137 milhões).