Rebeca Andrade inscreveu salto inédito e pode ter nome batizado nas Olimpíadas

Rebeca Andrade, ginasta do Flamengo, medalhista de prata nas Olimpíadas de Tóquio (Foto: Ricardo Bufolin/Panamerica Press/CBG)

Rebeca Andrade, do Flamengo, ainda nem se apresentou pela primeira vez nas Olimpíadas 2024, mas já nos treinos – e nas atitudes – mostra que não foi para Paris de brincadeira. Buscando fazer a história, a ginasta brasileira registrou um salto inédito, que pode ser batizado com o nome dela.

Rebeca apresentou ao Comitê Técnico Feminino o desejo de executar o Triplo Twist Yurshenko, um salto nunca realizado em competições oficiais de ginástica. Caso a atleta do Mengão execute o salto inscrito sem falhas graves, o voo é batizado com o nome dela.

O Comitê definiu o salto como graus 6.0 de dificuldade e é considerado de alta complexidade. Isso porque o voo conta com três “twists”, que significam dar três piruetas em torno de si. Como citado, inédito e nunca antes apresentado em competições oficiais.

Em caso de execução perfeita, Rebeca Andrade batiza o salto em seu nome. Isso porque, como nunca foi apresentado, o voo não tem pontuação pré-definida ou um nome no código da ginástica artística. A ginasta precisa realizar sem falhas graves, em algum momento da competição. Vale citar que, apesar de ter inscrito o salto, Rebeca não é obrigada a executar a acrobacia.

Estreia de Rebeca em Paris 2024

Rebeca Andrade – e a equipe feminina de ginástica vai estrear nos jogos olímpicos de 2024 no próximo domingo, dia 28 de julho. O Brasil está na quinta subdivisão e começa a se apresentar pelo salto. Depois, se iniciam as atuações individuais das barras assimétricas, trave e solo, respectivamente.

Além de tentar inscrever um salto, Rebeca Andrade tem outra meta para as Olimpíadas. A ginasta dificultou as saídas das barras assimétricas, uniu três elementos ligados na trave e fez um Tsukahara grupado de saída da trave, nunca antes apresentado por ela em competição.

Outro ponto que merece destaque é dizer que esta não é a primeira vez que Rebeca inscreve uma acrobacia. Nas Olimpíadas do Rio, em 2016, a ginasta tentaria fazer o Tsukahara no solo, que consiste em dar um mortal com dupla e meia pirueta e é considerado um dos mais difíceis da modalidade. Rebeca, no entanto, não fez o movimento.

Posteriormente, Rebeca Andrade executou o Tsukahara, mas a acrobacia não foi batizada com o nome da ginasta porque não foi apresentada em uma apresentação oficial da Federação Internacional de Ginástica, a FIG.