Investigações apontam suposta intermediação de contratações por membro da facção criminosa, envolvendo jogadores e dirigentes do clube.
Uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) revelou um possível envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções criminosas mais temidas do Brasil, em transações relacionadas a jogadores do Corinthians.
O foco da apuração está em Rafael Maeda Pires, conhecido como “Japa”, que teria intermediado a contratação de atletas como Du Queiroz e Igor Formiga em 2021.
O caso ganhou notoriedade após uma delação realizada em março de 2023, quando Japa foi apontado como peça-chave nas negociações.
A delação, agora em posse do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), trouxe à tona conversas por WhatsApp que envolvem desde discussões sobre os contratos até comprovantes de transações bancárias, evidenciando uma proximidade entre o criminoso e figuras ligadas ao clube.
Em resposta às revelações, o Corinthians emitiu uma nota oficial nesta segunda-feira, manifestando surpresa e reiterando que os contratos mencionados foram assinados antes da gestão atual.
“A diretoria do Sport Club Corinthians Paulista recebeu, com enorme surpresa, a notícia da possibilidade de atletas supostamente agenciados por integrantes do crime organizado terem formalizado contratos com o clube. É de se ressaltar que, de acordo com o conteúdo das matérias veiculadas, tais contratos teriam sido celebrados anteriormente à gestão atual”, afirmou o clube.
A profundidade da relação entre “Japa” e os dirigentes do Corinthians ainda é incerta.