A declaração de Pedro Caixinha sobre o seu futuro

Técnico Pedro Caixinha em treino do Bragantino — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

”Não vivo sobre pressão”, afirmou o técnico

Na última terça-feira (20), o Bragantino foi eliminado pelo Corinthians nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Com isso, o técnico Pedro Caixinha ressaltou que não vive com pressão sobre os últimos resultados da equipe.

“O Diego (Cerri, diretor executivo) está aqui. Nós falamos todos os dias. A decisão que eles tomarem que seja, para mim será sempre tudo bem. Não vivo com essa pressão, com esse pensamento. Mas sabemos que estar deste lado, estar na função de treinador, vive e sobrevive de resultados. Se eles não aparecem, sou igual a todos os demais”, disse Caixinha.

Sobre o projeto do clube, o treinador afirmou que ainda é muito recente mas que o clube busca ganhar tanto quanto os outros times.

“Qual foi a data que falou? 2020. Estamos em 2024. Este projeto é uma criança. Queremos ganhar tanto quanto os outros. Hoje e em todas eliminatórias, umas mais que outras, temos tido essa vontade expressa. Mas você quer que em quatro anos o Red Bull Bragantino ganhe o que? Brasileirão, Copa do Brasil? Nós queremos ganhar tudo, mas quer que em quatro anos nós ganhemos tudo? Nós estamos a crescer neste sentido”, afirmou.

“O respeito que os adversários têm por nós é algo que se ganha com o processo deste projeto. Quantos anos tem o Corinthians? Você está a comparar uma equipe que tem mais de 110 anos e uma que tem quatro? Nós temos a exigência de ganhar em nós e no projeto. Não tenha a menor dúvida de que esse projeto vai ganhar, mas tem que se dar o tempo. Nós lutamos todos os dias para poder ganhar. Agora, contra os fatos, contra as eliminações, eu tenho zero argumentos. A não ser este, que a equipe quer, o clube quer, o projeto quer e vai trabalhar nesta direção”, completou o comandante.

Caixinha ressaltou a qualidade técnica do adversário e admitiu que a sua equipe pecou em alguns lances levando a eliminação do Red Bull Bragantino da competição.

“Não podemos analisar o jogo só em relação ao que é hoje, né? No primeiro tempo lá, no jogo de ida, o Corinthians foi nitidamente melhor. Por isso, estava a ganhar. Nós pecamos por ter feito só um gol lá, no primeiro jogo. Na volta, foi algo similar. A equipe entrou bem no jogo. A equipe teve controle, mas não conseguiu chegar na última zona com mais qualidade, mais presença. No segundo tempo, penso que o jogo voltou a ser todo nosso. O mérito acaba sendo dos jogadores que acreditaram que era possível, mesmo em desvantagem de dois gols. Sabíamos que tínhamos que arriscar desde o início do segundo tempo. Os 11 titulares aqui era uma equipe muito mais ofensiva, uma equipe que pudesse ter mais bola, que pudesse ferir mais o adversário. Não aconteceu isso no primeiro tempo, mas no segundo tempo teve todo mérito disso”, finalizou.