No dia 26 de agosto de 2014, quando comemorava seu centenário, o Palmeiras estava prestes a anunciar uma contratação de peso: Ronaldinho Gaúcho. As negociações com o jogador, que havia saído do Atlético-MG um mês antes, avançaram rapidamente e o clube acreditava ter um acordo para revelar o novo reforço durante a festa de aniversário.
No entanto, cerca de uma hora antes do evento, o Palmeiras surpreendeu seus torcedores ao comunicar que o acordo com Ronaldinho havia sido encerrado devido a desacordos financeiros.
Ronaldinho, então com 34 anos, estava livre no mercado e tornou-se um alvo do Palmeiras, que passava por uma fase complicada no Campeonato Brasileiro, ocupando a 16ª colocação, a primeira fora da zona de rebaixamento.
As tratativas para trazer o meia foram conduzidas diretamente pelo presidente Paulo Nobre e pelo vice Maurício Galiotte, sem a participação do diretor-executivo José Carlos Brunoro, que na época estava focado em outras áreas do clube.
O acordo com Ronaldinho previa um salário fixo e bonificações baseadas em metas de desempenho. Além disso, clube e jogador discutiam possíveis prêmios adicionais por resultados esportivos e uma fatia da receita de bilheteria.
Para agilizar a contratação, o Palmeiras chegou a pagar uma taxa de R$ 600 à Federação Mineira de Futebol para a transferência da documentação do jogador para a Federação Paulista, acreditando que o anúncio seria feito no mesmo dia.
Durante o dia 26, o otimismo era grande dentro do Palmeiras, e a expectativa era de que o anúncio de Ronaldinho fosse o ponto alto da celebração do centenário. No entanto, no final da tarde, surgiram problemas.
Assis, irmão e empresário do jogador, interrompeu as negociações, alegando divergências que não foram detalhadas publicamente. Apesar dos esforços do clube para resolver as diferenças e garantir a chegada de Ronaldinho, as conversas foram encerradas, e o Palmeiras fez o anúncio nas redes sociais informando o desfecho negativo.
O presidente Paulo Nobre explicou que todas as exigências feitas por Assis tinham sido atendidas, mas que o empresário optou por não seguir adiante.
“Durante o dia, a negociação estava fechada, tudo ok. Inclusive a documentação. Mas então recebemos a notícia de que o Assis tinha estressado. Se eles se estressaram antes de o atleta chegar, está encerrado o negócio”, disse Nobre.
Esta não foi a primeira vez que o Palmeiras tentou contratar Ronaldinho Gaúcho. Em 2011, durante a gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo, o clube chegou a ter um acordo avançado para trazer o jogador, que estava no Milan, da Itália. No entanto, a postura de Assis nas negociações levou o Palmeiras a desistir, e Ronaldinho acabou fechando com o Flamengo. Outra tentativa ocorreu no final de 2013, já com Paulo Nobre à frente do clube, mas novamente sem sucesso.
Menos de um mês após a frustrada negociação com o Palmeiras, Ronaldinho acertou com o Querétaro, do México.
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