Na última segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Corinthians recebeu um requerimento solicitando a destituição de Augusto Melo da presidência do clube. Em resposta, na noite desta terça-feira, o presidente emitiu uma nota oficial em suas redes sociais, classificando o pedido de impeachment como uma “tentativa de desestabilizar o ambiente” no clube.
Augusto Melo afirmou que a ação, feita logo após uma derrota no Campeonato Brasileiro, é uma tentativa de minar sua gestão: “Esta atitude, tomada logo após uma derrota no campeonato brasileiro, é uma clara tentativa de desestabilizar o ambiente no Parque São Jorge, conduzida por aqueles que não aceitam a vontade soberana das urnas”, declarou.
O requerimento, que possui 19 páginas, detalha eventos recentes envolvendo a gestão de Augusto Melo, como a entrevista de Rubens Gomes, a saída de dirigentes e a perda de patrocinadores. O documento acusa a atual administração de práticas prejudiciais ao clube e busca esclarecer supostos erros e condutas arriscadas da gestão.
Apesar de ainda não ter recebido oficialmente o teor do pedido, Augusto Melo rechaçou as alegações, chamando a medida de “frágil e sem base”. Ele também enfatizou seu compromisso com a recuperação financeira do Corinthians e com a melhoria do desempenho da equipe tanto dentro quanto fora dos campos: “Como Presidente, em conjunto com minha diretoria, continuarei lutando para recuperar as finanças do clube e os resultados em campo, sem medir esforços para impedir que interesses pessoais e políticos interfiram na nossa recuperação”.
A gestão de Augusto Melo tem enfrentado críticas internas, principalmente devido à posição do time no Campeonato Brasileiro, onde o Corinthians ocupa a 18ª colocação com apenas 22 pontos em 24 rodadas. No entanto, nas competições de mata-mata, o clube tem demonstrado força, estando nas quartas de final tanto da Copa do Brasil quanto da Copa Sul-Americana.
O presidente conclamou a união dos associados e conselheiros em apoio ao clube, reforçando que não permitirá que “artifícios políticos” desviem o Corinthians de seu objetivo principal, que é alcançar o sucesso dentro e fora de campo.
O pedido de destituição apresentado ao Conselho Deliberativo aponta o Corinthians como “vítima de crimes cometidos pelos próprios dirigentes”, e menciona a necessidade de ressarcimento por prejuízos financeiros causados por pagamentos indevidos a uma empresa que nunca intermediou a confecção de contratos de patrocínio.
O clube se prepara para enfrentar o Juventude nesta quinta-feira, às 20h (de Brasília), pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil, no estádio Alfredo Jaconi. A continuidade da gestão de Augusto Melo será debatida nos próximos encontros do Conselho, que deverão definir os rumos da administração corintiana.
“À Nação corinthiana, Conselheiros e Associados, recebi a notícia vinda da imprensa, de que um grupo de conselheiros teria protocolado um pedido de impeachment, buscando meu afastamento da Presidência do Sport Club Corinthians Paulista. Esta atitude, tomada logo após uma derrota no campeonato brasileiro, é uma clara tentativa de desestabilizar o ambiente no Parque São Jorge, conduzida por aqueles que não aceitam a vontade soberana das urnas.
Embora não tenhamos conhecimento oficial sobre o teor do pedido, se as informações veiculadas na imprensa forem verdadeiras, trata-se de uma medida frágil e sem base, mostrando a total falta de argumentos legítimos por parte daqueles que tentam prejudicar o Corinthians em um momento decisivo da temporada.
Como Presidente, em conjunto com minha diretoria, continuarei lutando para recuperar as finanças do clube e os resultados em campo, sem medir esforços para impedir que interesses pessoais e políticos interfiram na nossa recuperação. Conclamo a todos os associados, conselheiros e a Nação corinthiana para que se somem no apoio ao nosso clube até o final dos campeonatos.
A atual gestão permanece tranquila e comprometida em recolocar o Corinthians no caminho certo, focando no trabalho sério e responsável que sempre guiou nossas decisões. Não permitiremos que artifícios políticos desviem o clube de seu objetivo maior: o sucesso dentro e fora de campo.”
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