Rayssa Leal revela bastidores das Olimpíadas: “Não falei abertamente”

Rayssa Leal sorri após conquistar sua medalha em Paris (Foto: Reprodução/Instagram)

Na última segunda-feira (26), Rayssa Leal, a skatista brasileira e medalhista de bronze na Olimpíada de Paris 2024, usou suas redes sociais para contar os bastidores do nervosismo durante a competição.

Ela relatou a experiência para os seguidores pela primeira vez, onde diz que durante os Jogos Olímpicos, ela se viu dominada pela ansiedade. Onde teve que respirar fundo, rezar, e se concentrar para, na última manobra, conseguir conquistar sua segunda medalha olímpica:

“Acho que não falei abertamente aqui sobre a Olimpíada, minha experiência competindo e a diferença de Tóquio e Paris. Meus amigos, foi o campeonato que mais fiquei nervosa na face da terra. E não entendi porque ficava tão nervosa. Hoje entendo, mas antes ficava: ‘Meu Deus, é só andar de skate’. E eu não colocava isso na cabeça”, contou a jovem de 16 anos.

“Queria a medalha de ouro e, quando errei as primeiras linhas, fiquei triste. Falei: ‘Não vai dar certo’, mas esqueci que tinha o segundo e o terceiro lugar. Por isso que é bom ter um time, uma família pra te apoiar nesses momentos de desespero. Pedi a Deus sabedoria e calma, porque estava muito nervosa”, completou a skatista.

Relembre como foi a disputa

A nossa brasileira Rayssa começou com suas notas atrás na final do skate street feminino e buscou o pódio olímpico impressionante na última manobra. Assim, na etapa anterior, ela também demonstrou nervosismo, mas conseguiu se classificar com a sétima nota geral, como relata ela:

“Na final, estava aérea, cansada. Tinha errado duas linhas e falava: ‘Cara, não vai dar certo’. Aí tem uma cena do Felipe me puxando pelo capacete e falando: ‘Vamos levantar a cabeça, e fazer acontecer. A gente consegue. O jogo só acaba quando termina’”, disse Rayssa.

Quem é Felipe?

Seu nome é Felipe Gustavo e ele é o treinador da Rayssa e também o melhor amigo. Ambos são maranhenses e se conheceram quando ele tinha nove anos e ela apenas cinco anos, mas ainda assim ele já viu que Rayssa se destacava no skate.

Conselho da skatista

Para Rayssa, é importante um apoio para se tranquilizar: “Lembro exatamente o jeito que eles falaram pra mim. Me fez perceber que estava competindo minha segunda Olimpíada aos 16 anos. Fazendo mais uma vez história pro Brasil, pra minha carreira, pro skate e pras meninas. Na hora a gente acaba deslizando. Foi um campeonato que me pressionei muito, mas deu tudo certo. Foi muito bonito”, finalizou a medalhista.