A declaração de Pedro Caixinha sobre o momento do Bragantino

Pedro Miguel Faria Caixinha em ação pelo Red Bull Bragantino em 2024 (Foto: Reprodução/Red Bull Bragantino)

Pedro Caixinha afirma após derrota: “Não é suficiente reagir, precisamos ser mais maduros e competitivos”

Após a derrota para o Red Bull Bragantino, o técnico Pedro Caixinha expressou sua frustração e preocupação com a situação do time. Em sua análise, o treinador destacou a necessidade de o time olhar para frente e ser mais maduro, competitivo e sério para sair da fase complicada em que se encontra.

“Quando iniciamos esse jogo, falei que a equipe sempre tem que olhar para cima. Não sou uma pessoa de olhar para trás, mas, sim, olhar para frente. Sabemos que é um momento complicado, sabemos que estamos em posição complicada e sabemos que temos que reagir ganhando jogos para sair desta situação. Estar a reagir como estamos a reagir já não é suficiente. Tem que ser uma equipe muito mais adulta, muito mais madura, muito mais séria e muito mais competitiva. Desta forma, podemos ganhar jogos. Fazer uma reação positiva e estar à beira de empatar, ganhar o jogo, não é suficiente. Temos que fazer muito mais”, afirmou Caixinha.

A sequência negativa, que já soma nove partidas sem vitórias, é um ponto crítico para o treinador. Ele mencionou que, apesar de terem vencido o Corinthians recentemente, a eliminação nos pênaltis anula qualquer sensação de vitória.

“São nove jogos (sem ganhar). Ganhamos o jogo contra o Corinthians, mas depois perdemos nos pênaltis. O que contava era a eliminatória. Então, para mim, esse resultado não contabilizo como vitória. São seis em relação ao Brasileirão”, afirmou.

Caixinha também apontou um problema psicológico que, em sua visão, está afetando o desempenho da equipe: o “medo cênico”. Segundo o treinador, essa sensação é comparável a um bloqueio que os jogadores sentem em campo, o que prejudica a performance desde o início do jogo.

“Posso dizer aqui fora porque já disse lá dentro. Isso para mim tem um nome: é medo cênico. Sabe o que é isso? É medo de atuar, medo de escutar uma cena. É como se você vai ao palco e, de repente, te dá um bloqueio. Mas, depois, acontece qualquer coisa e eu já estou livre. E essa qualquer coisa que acontece, já estamos a perder. Enquanto eles não libertarem esse bloqueio, esse medo cênico, isso vai continuar acontecendo”, disse o treinador.

O técnico ressaltou a importância de superar esse bloqueio mental e adotar uma postura mais proativa em campo. Para ele, é fundamental que o time tome a iniciativa e busque controlar o jogo, ao invés de apenas reagir às adversidades.

“Eu não gosto de uma equipe que reage. Gosto de uma equipe que é proativa, que vai e quer fazer acontecer”, concluiu Caixinha.