CR7 fala sobre críticas, pressão e revela seu maior desafio

Cristiano Ronaldo vibra após marcar mais um gol pelo Al Nassr (Foto: Reprodução/Al Nassr)

Cristiano teve conversa com o ex-jogador Rio Ferdinand

Recentemente, Cristiano Ronaldo criou um canal na plataforma do Youtube e já conta com mais de 52 milhões de inscritos. Em uma conversa com o ex-jogador Rio Ferninand, que é ídolo do Manchester United, Cristiano contou que ainda faz grandes metas para sua carreira, como por exemplo, chegar aos 1000 gols em sua carreira.

— Não marquei na Euro? Qual é o problema? Sou o maior marcador em seleções. E quero colocar o nível mais alto: logo vou bater 900 gols e depois vou bater 1000. Quero chegar aos mil gols. É a maior marca que posso atingir no futebol, meu desafio é chegar lá — disse o português, que ainda provocou:

“Com uma diferença: todos os gols que marquei têm vídeos. Então posso provar”, disse Cristiano.

Logo após a fala de CR7, Ferdinand começou a rir e mencionou alguns jogadores como Pelé e Di Stéfano. O atacante do Al-Nassr respondeu o ídolo do Manchester United.

— Eu respeito eles. Se você quiser mais gols, eu posso trazer os que faço no treino também. Sem problemas. Todos os gols com vídeo. Depois, se você prefere esse jogador, ou aquele, ou outro… eu não ligo pra isso — falou o camisa 7.

Na última terça-feira (27), Cristiano Ronaldo chegou a 899 gols marcados em toda sua carreira. O jogador chegou a esta marca após marcar um golaço de falta na goleada por 4 a 1 do Al-Nassr sobre o Al Feiha.

CR7 também falou sobre pressão e críticas, especialmente na Eurocopa de 2024. Em duelo diante da Eslovênia, o craque português perdeu um pênalti, e até chorou em campo, além de não ter marcado nenhuma vez na competição. Cristiano se redimiu na disputa por pênaltis na mesma partida, quando converteu o seu e ajudou a seleção portuguesa a se classificar. O jogador disse que não está preocupado com as críticas.

— Quando se tem paixão pelo que você faz, não está preocupado com o que vão pensar dos seus sentimentos. Chorei no dia em que errei o pênalti, apesar de achar que o Oblak (goleiro da Eslovênia) fez uma extraordinária defesa. Falhar naquele momento me fez sentir mal comigo mesmo e pelas pessoas que estão no estádio e minha família. Fiquei triste por eles, não pelas coisas que as pessoas falam. Acham que estava pensando que se falhasse e Portugal perdesse, iriam me cobrar e dizer que nós tínhamos falhado o objetivo porque Cristiano Ronaldo falhou o pênalti? Não, nem pensei nisso, juro por Deus. Eu senti porque crio muita pressão para mim mesmo, desde os 11 anos. Digo a mim mesmo que sou o melhor do mundo, na minha cabeça sempre penso assim. Há o lado bom, mas também o lado ruim quando as coisas vão mal. Mas eu adoro essa pressão, lido bem com ela — disse Cristiano, que completou:

— Quando você perde, precisa mostrar que está chateado. Mas aprendi que a vida continua. O passado não volta. O presente é o melhor “se” da vida porque não sabemos o que vai acontecer amanhã. Há jogos em que você fica mais obcecado. Demorei dois dias para superar a derrota com a França (nas quartas de final da Euro). No terceiro dia, voltei para a academia para trabalhar, porque tenho mais para mostrar. A vida continua. Sou mesmo bom nisso, foi uma coisa que aprendi com o tempo. Dor e incertezas vamos ter sempre. É assim que vejo a vida e o futebol.

Apesar de ter sido bastante criticado e até julgado por diversas pessoas, após um desempenho ruim na Euro 2024, CR7 rebateu as críticas e disse que o foco dele é continuar ajudando sua equipe e que não pensa em parar neste momento.

— Sei que ainda estou bem, consigo driblar, saltar e marcar gols. Quando sentir que não consigo produzir nada, pego nas minhas coisas e vou embora, mas está longe disso. Não quero ser arrogante, mas marquei 60 gols na última época. Até quando vou jogar? Até aos 41 anos, talvez, não sabemos. Mas quero viver o presente, jogar até quando estiver bem e sem lesões, isso é o mais importante — completou Cristiano Ronaldo.