O técnico afirmou que “todo barulho, é exterior”, sobre as críticas feitas ao seu trabalho
Após a vitória do Palmeiras, o técnico Abel Ferreira falou sobre a performance da equipe e os desafios que envolvem a gestão de um grupo de alto nível. Em coletiva de imprensa, Abel destacou a importância de manter um elenco equilibrado e preparado para enfrentar as demandas da temporada.
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“Sempre encontramos uma forma de jogar. Uma equipe nunca está acabada, há momentos de formas de jogadores, de dinâmicas da equipe em que temos de estar constantemente entre o gato e o rato. Os jogadores não estão sempre a top, por isso temos 26, 27 jogadores. Quero ter, minha ambição e do clube, é ter dois jogadores do mesmo nível em cada posição e vamos lá chegar,” afirmou o treinador.
Abel também abordou a questão emocional e psicológica dos atletas, comparando as exigências do futebol com o mundo do tênis, citando os exemplos de Novak Djokovic e Carlos Alcaraz.
“Falei anteriormente, ninguém fala de aspectos emocionais e psicológicos. Cito o Djokovic e Alcaraz que falaram destes aspectos. Um tenista campeão olímpico e outro um dos melhores do mundo. Fazemos dos jogadores máquinas, com esta densidade competitiva, a quantidade de lesões que assistimos. E com uma semana para trabalhar, descansar a mente e corpo, para preparar cada jogo. Sim, hoje mais uma vez fizemos um jogo muito consistente, poderíamos ter feito mais gols, mas um jogo condizente com o que nos preparamos para fazer durante a semana,” disse Abel.
Além disso, o técnico português aproveitou para comentar sobre as expectativas que cercam o Palmeiras, especialmente após a renovação de seu contrato. Abel destacou o compromisso com a busca por títulos e o apoio que recebeu da presidente Leila Pereira e do diretor de futebol Anderson Barros.
“É comer nosso arroz com feijão, que fazemos dentro do CT muito bem. Desde que cheguei ao Palmeiras o barulho é todo exterior, como disse, ganhamos muito, continuamos a ganhar, 10 ou 11 títulos, na altura que a Leila me convenceu a renovar e continuar, perguntei quais os objetivos e ela disse: pelo menos um título por ano. E volto a referir, no ano que não ganhar títulos, não vale estar aqui a discutir. Renovei há pouco tempo, temos objetivos presentes, sonhos futuros e temos de trabalhar neles,” explicou.
Abel também reforçou a importância de compreender o contexto do futebol e as oscilações naturais do esporte, ressaltando que a competência do time e da comissão técnica é inquestionável.
“Uma coisa é o barulho de fora, temos de perceber tudo que se passa, o treinador que o Palmeiras tem, a história do clube, os processos, e o que é futebol. Uma hora vai ganhar, outra vai perder. Vou repetir: não vamos ganhar sempre, quem está no futebol sabe o que é futebol, sabe a competência que tem. Um treinador não pode ser mau depois de ganhar 10, 11 títulos em três anos e meio, nem ser ruim por ser eliminado por Botafogo e Flamengo da forma como foi. Fico feliz, a presidente e o Barros sabem a competência que tem dentro do CT, no estafe, a comissão técnica e jogadores,” concluiu.