Essa foi uma história de 16 anos, com o total de 145 jogos, 31 gols e quatro títulos, parece que certamente tem mais momentos bons do que ruins, porém ao perguntar ao Ángel di María talvez a resposta vai te surpreender.
Foi através de uma entrevista exclusiva à ESPN Argentina, onde o ex-jogador da seleção garante que não mudaria nada de sua história com a camisa albiceleste, mas não esquece que, antes do sucesso, enfrentou diversos percalços que quase o fizeram desistir.
Di María surgiu na seleção com o gol que garantiu a medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim no ano de 2008. Já na equipe principal, colecionou decepções, pois foram três vices consecutivos, sendo eles: Copa do Mundo 2014, seguida de Copa América 2015 e 2016.
“A pior (derrota) foi a segunda Copa América. Ali se terminou de derrubar tudo”, lembrou o eterno camisa 11.
“Até a primeira tínhamos a ilusão de alcançar o título, de estar sempre perto. Mas depois da segunda, foi o golpe mais duro possível. E muitos começaram a deixar a seleção depois”, admitiu o atacante, que também pensou na desistência.
“Várias vezes (fiquei perto de deixar a seleção), principalmente depois da segunda Copa América, que pensei mais sobre isso. Mas minha mulher sempre insistiu para que eu seguisse, minha mãe também. Minha esposa dizia para eu continuar lutando até que não me chamassem mais”, concluiu o ex-jogador.
Porém, Di María ficou e viu a reta final de sua história na seleção oferecer a volta por cima. Pois ele foi campeão da Copa América em 2021, com gol na final contra o Brasil no Maracanã e o atacante fez parte do time que conquistou a Copa do Mundo e novamente o torneio sul-americano.
“Às vezes, sim, às vezes, não (desfrutei de estar na seleção). Houve momentos alegres no começo: o Mundial sub-20, o Sul-Americano e os Jogos Olímpicos, em que acabei fazendo o gol na final. Depois dos momentos difíceis que passei, acredito que foram maiores do que os que aproveitei, mas tudo fez parte do que aconteceu no final, que foi todo lindo”, falou o craque.
“Mas eu não mudaria nada. Se tivesse que sofrer tudo que sofri na seleção para terminar dessa maneira, voltaria a fazer tudo de novo”, finalizou o argentino.
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