O estádio do Flamengo está em fase de concepção e atualmente o foco é ouvir os diferentes setores do clube para identificar o que é essencial. Marcos Bodin, que é o responsável pelo projeto e vice-presidente de patrimônio, compartilhou algumas ideias já elaboradas e as demandas apresentadas pelo departamento de futebol, que foi o primeiro a ser consultado nessa etapa.
Após anos enfrentando problemas com o gramado do Maracanã, a prioridade da equipe de futebol do Flamengo é finalmente contar com um campo de qualidade no novo estádio. Porém, outros aspectos, como a infraestrutura e os procedimentos de antes e depois dos jogos, também são fundamentais.
-Grama natural. Hoje a gente está chamando os setores que funcionam junto com o estádio. E o primeiro é o futebol. O futebol já fez os pré-requisitos que eles querem de um estádio: grama, gramado e grama. Ele fala três vezes da grama, depois fala do vestiário, sala de aquecimento, como é o fluxo de chegada de jogador e do ônibus, refeitório, iniciou Marcos Bodin, em entrevista ao “ge”.
Nesse contexto, o vice-presidente de patrimônio do Rubro-Negro mencionou a possibilidade de criar quartos no estádio, o que permitiria que a concentração dos jogadores ocorresse no local do jogo, eliminando a necessidade de percorrer os 44 km que separam o CT do estadio. Esses quartos também poderiam ser alugados em dias em que não há partidas.
-Existe hoje uma hipótese de fazer alguns quartos dentro do estádio para a apresentação dos jogadores. O jogador já se apresenta direto lá no dia do jogo. O Tottenham é assim. (Jogador) Vai estar mais descansado, mais ligado no jogo. E não é apenas o quarto quando você pensa em apresentação. Tem que ter parte da fisioterapia, academia, refeitório… Isso cabe no terreno. Aí durante a semana a gente aluga os quartos. Imagina quanto não vale dormir na concentração do Flamengo? Tem muita ativação para ser feita com o estádio.
A possibilidade de incluir um teto retrátil no equipamento para evitar fortes chuvas foi uma preocupação adicional. Mas, de acordo com Marcos Bodin, a tecnologia é geralmente usada em locais frios, e o verdadeiro requisito é que o gramado receba o suficiente de sol. Por exemplo, é um problema no Maracanã em épocas do ano em que o sol não atinge todo o gramado.
-A grama sofre com a cobertura. Estádios que têm cobertura geralmente são em lugares muito frios. Se eu pudesse cobrir e ter a grama boa, seria bom. O Flamengo está mais preocupado em ter um bom campo e uma boa acústica para a torcida do que com a chuva. E eu estou preocupado com o sol no campo, eu preciso de sol na grama.
No tão sonhado estádio, a torcida rubro-negra terá duas áreas muito queridas. A ideia é que os locais não tenham cadeiras disponíveis, o que resulta em aproximadamente 24 mil lugares. Bodin diz que haverá uma diferença de capacidade entre esses setores, que estarão atrás dos gols, porque o sul precisará de uma separação de visitantes. Além disso, ele mencionou um espaço destinado a torcedores autistas.
-A Norte teria 15 mil, e a Sul, 9 mil. A linha de camarote pode passar por ali, tendo a parte superior separada, para ficar o visitante ali. (…) Flamengo vai respeitar todas as regras e se empenhar a fazer o que seja mais legal. O projeto é completamente atual.
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