O Botafogo iniciou seu planejamento para a temporada de 2025 com grandes ambições no mercado de transferências. O acionista majoritário do clube, John Textor, tem mapeado nomes de destaque, e um dos principais alvos é o atacante Anderson Talisca, atualmente no Al Nassr, da Arábia Saudita. No entanto, a negociação é vista como desafiadora devido ao alto valor envolvido e ao longo contrato do jogador com o clube saudita, que se estende até junho de 2026.
Um dos principais obstáculos para a concretização do negócio é a multa rescisória de US$ 25 milhões (cerca de R$ 139,9 milhões). Embora o valor seja considerado alto, ele não está completamente fora da realidade financeira do Botafogo, especialmente se comparado ao investimento de US$ 22 milhões (aproximadamente R$ 120,6 milhões) feito pelo clube para contratar o argentino Thiago Almada, em julho de 2024, o maior investimento da Era John Textor até o momento.
Além disso, o salário de Talisca também é um fator complicador. O atacante, de 30 anos, recebe US$ 6,5 milhões por temporada (cerca de R$ 36,3 milhões), o que corresponde a cerca de US$ 541 mil (R$ 3 milhões) por mês. Esses valores, que incluem bonificações e luvas, estão muito acima do teto salarial do Botafogo, tornando a negociação ainda mais delicada.
Apesar dos esforços de John Textor e do interesse do técnico Artur Jorge em contar com o jogador no elenco, Anderson Talisca não parece estar inclinado a deixar a Arábia Saudita no momento. O atacante tem priorizado sua independência financeira e, recentemente, recusou uma proposta de clubes da Turquia, reforçando sua decisão de permanecer no Oriente Médio.
Mesmo com essas dificuldades, o Botafogo planeja uma nova investida na janela de transferências do início de 2025, quando tentará convencer Talisca a retornar ao futebol brasileiro. Até o momento, porém, não houve uma proposta oficial do clube carioca pelo jogador, que é visto como uma peça estratégica para elevar o nível da equipe.
Talisca iniciou sua trajetória no futebol nas categorias de base do Vasco, em 2007, mas nunca chegou a atuar pelo time principal do clube. Após passagem de destaque pelo Bahia, o atacante seguiu sua carreira no exterior, onde defendeu clubes como Benfica, de Portugal, Besiktas, da Turquia, Guangzhou FC, da China, e atualmente, o Al Nassr, da Arábia Saudita.
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