Adrian Newey deixa a Red Bull e inicia nova fase na Aston Martin a partir de 2025
Adrian Newey, projetista de carros campeões na Fórmula 1, assinou contrato com a Aston Martin e dará início a uma nova etapa de sua carreira em 2025. Newey, que desenhou veículos que marcaram épocas na categoria, como a Williams de Nigel Mansell em 1992 e a McLaren de Mika Hakkinen em 1998, deixará a Red Bull após mais de 15 anos. A parceria com a Aston Martin começará no dia 1º de março do próximo ano, ao lado do piloto Fernando Alonso.
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A regra na Fórmula 1 exige que profissionais técnicos, ao deixarem uma equipe, cumpram um período de quarentena antes de ingressar em outra. No caso de Newey, seu vínculo original com a Red Bull expiraria no fim de 2025, mas negociações permitiram que ele iniciasse seu trabalho na Aston Martin já em 2025. O engenheiro, de 65 anos, expressou seu desejo de buscar novos desafios, o que motivou sua saída de Milton Keynes.
A decisão de Newey ocorre em um momento turbulento para a Red Bull, que enfrentou polêmicas nos bastidores envolvendo seu chefe de equipe, Christian Horner, e o consultor Helmut Marko. Horner foi alvo de investigações por conduta imprópria, das quais foi inocentado. No entanto, críticas públicas de Jos Verstappen, pai do tricampeão mundial Max Verstappen, e uma disputa interna de poder entre Horner e Marko contribuíram para agravar a crise no time.
Newey começou sua carreira na Fórmula 1 em 1980 e tornou-se um dos engenheiros mais influentes da categoria. Trabalhou na March, Williams e McLaren, projetando carros como o FW14B, que levou Nigel Mansell ao título de 1992, e o MP4/13, que consagrou Mika Hakkinen em 1998. Ao assinar com a Red Bull em 2006, Newey foi a mente por trás dos monopostos que deram a Sebastian Vettel e Max Verstappen quatro e três títulos mundiais, respectivamente.
A crise na Red Bull começou no início de 2023, quando Christian Horner foi investigado por suposta conduta imprópria com uma funcionária da equipe. Embora tenha sido inocentado, o caso provocou descontentamento entre membros da equipe, como Jos Verstappen, que criticou publicamente Horner. Helmut Marko, figura central na Red Bull e responsável por trazer Max Verstappen à equipe, também viu sua posição ser questionada, mas contou com o apoio de Jos em meio à crise.
A disputa interna na Red Bull se intensificou, com Horner recebendo apoio de Chalerm Yoovidhya, principal acionista da equipe, enquanto Marko contou com o respaldo de Oliver Mintzlaff, diretor da empresa controladora da Red Bull. Max Verstappen, embora inicialmente sugerisse que poderia deixar o time caso Marko fosse desligado, passou a adotar um discurso de união, tentando acalmar os ânimos dentro da equipe.