São Paulo aciona STJD para tentar anular partida contra o Fluminense após polêmica com o VAR
O São Paulo entrará com uma ação no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) nos próximos dias para tentar anular a partida contra o Fluminense, ocorrida há uma semana. O clube paulista contesta o primeiro gol do Fluminense, marcado por Kauã Elias, alegando que o árbitro Paulo Cesar Zanovelli cometeu um erro de direito ao validar o lance. A diretoria tricolor considera que a jogada deveria ter sido anulada, após a divulgação das imagens do VAR.
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O lance polêmico teve início em uma disputa de bola entre Calleri e Thiago Santos, no meio de campo, ainda no primeiro tempo. O árbitro sinalizou falta de Calleri, mas aplicou a vantagem, pois a bola ficou com o zagueiro Thiago Silva. Porém, Thiago Silva, acreditando que a falta havia sido marcada, parou o jogo, colocou a mão na bola e, em seguida, reiniciou a jogada, resultando no gol de Kauã Elias.
As imagens do VAR, divulgadas na sexta-feira, revelam que o árbitro Zanovelli se contradisse ao revisar o lance. Inicialmente, ele afirma ao VAR que deu vantagem, mas ao rever a jogada no monitor, muda sua interpretação.
“Eu ia dar a vantagem, o jogador (Thiago Silva) para e bate a falta. Eu dou sinal de falta. Vamos seguir. Eu dei a vantagem, eu segui. É gol legal, tá, Igor (Junio Benevenuto, o VAR)?”, afirmou Zanovelli antes de se afastar do monitor.
O São Paulo entende que, ao dar a vantagem no primeiro lance, Zanovelli deveria ter marcado a falta de Thiago Silva por colocar a mão na bola, o que invalidaria o gol. O clube já havia protestado anteriormente enviando um ofício à CBF e, posteriormente, em uma reunião entre o presidente Julio Casares e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Com a divulgação do vídeo, os dirigentes do São Paulo decidiram recorrer ao STJD, mesmo cientes das dificuldades de anulação de uma partida. Segundo o artigo 259 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), é possível anular um jogo em que o árbitro tenha deixado de aplicar as regras do futebol. Contudo, o próprio código busca preservar a integridade dos torneios, o que torna decisões como essa raras.
