Santos toma atitude importante para tentar ajustar as finanças

Alexandre Gallo durante coletiva no CT Rei Pelé (Foto: Raul Baretta/Santos)

Santos realiza nova antecipação de receitas para equilibrar contas

O Santos enfrenta uma delicada situação financeira desde o início de 2024, o que levou a diretoria a realizar mais uma operação de antecipação de receitas futuras, levantando R$ 18 milhões junto ao banco Daycoval. Esta é a segunda vez no ano que o clube recorre a essa medida, somando um total de R$ 38 milhões após a antecipação anterior, feita em julho. A estratégia foi necessária para evitar uma crise financeira ainda maior, uma vez que o clube corria o risco de não conseguir honrar seus compromissos no mês de setembro.

Parte da pressão financeira sobre o Santos vem de acordos que o clube precisou fazer com ex-jogadores e técnicos para evitar punições como o transferban — proibição de contratar jogadores. O cenário forçou a diretoria a buscar formas de equilibrar o fluxo de caixa, especialmente com as dívidas e despesas trabalhistas herdadas da gestão anterior.

Recentemente, o clube vendeu importantes jogadores como Lucas Pires, transferido ao Burnley por R$ 15,5 milhões, Weslley Patati ao Maccabi Tel Aviv por R$ 8 milhões, e o zagueiro Joaquim ao Tigres, do México, por R$ 45,1 milhões. Essas vendas devem garantir ao Santos o montante necessário para quitar os R$ 38 milhões antecipados.

Além disso, o Santos espera obter novos recursos com as negociações envolvendo Ângelo e Marcos Leonardo, que estão sendo transferidos para o futebol do Mundo Árabe. Como clube formador, o Alvinegro Praiano terá direito a uma parte do lucro dessas vendas. A transferência de Arthur Gomes, do Cruzeiro para o Dínamo de Moscou, também deve gerar receita pelo mesmo motivo.

A gestão de Marcelo Teixeira, que assumiu em janeiro de 2024, busca administrar o déficit deixado pela administração anterior, que comprometeu receitas futuras, como o adiantamento de R$ 30 milhões referentes ao Campeonato Paulista de 2024.

Embora o clube tenha gerado mais de R$ 200 milhões em vendas de jogadores este ano, o parcelamento das transações impede o recebimento imediato de todo o valor, o que continua forçando a necessidade de antecipações.