A VaideBet acionou as autoridades para ser reconhecida no inquérito policial
A Vai de Bet encerrou seu contrato de patrocínio master com o Corinthians no dia 7 de junho, alegando o uso de uma cláusula anticorrupção presente no acordo. A ruptura ocorreu pouco tempo após a empresa enviar uma notificação extrajudicial ao clube, no dia 27 de maio, questionando a participação de um intermediário suspeito, descrito como “laranja”, nas tratativas da parceria.
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Agora, a casa de apostas está buscando ser reconhecida como parte interessada no inquérito policial que apura possíveis irregularidades no acordo com o Corinthians. O pedido da Vai de Bet à Justiça ainda não obteve resposta, mas a empresa entende que sua participação pode contribuir para o esclarecimento dos fatos e auxiliar nas investigações conduzidas pela polícia.
Enquanto isso, o departamento jurídico do Corinthians, liderado por Leonardo Pantaleão, já foi autorizado a participar do inquérito, o que garante ao clube acesso às informações da investigação. A assessoria de imprensa da Vai de Bet confirmou o pedido à Justiça, demonstrando interesse em colaborar ativamente.
O caso está sendo investigado pela 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), com o delegado Tiago Fernando Correira à frente do processo. O inquérito busca determinar se houve lavagem de dinheiro ou outras atividades ilícitas relacionadas ao contrato entre as partes.
As suspeitas ganharam força após uma reportagem de Juca Kfouri, publicada no UOL, revelar que a Rede Social Media Design, intermediadora do contrato entre Corinthians e Vai de Bet, transferiu cerca de US$ 1 milhão para a empresa Neoway Soluções Integradas, logo após receber R$ 1,4 milhão do clube paulista. A Neoway está sendo investigada por supostamente ser uma empresa de fachada.
Em depoimento às autoridades, Alex Cassundé, proprietário da Rede Social, negou qualquer envolvimento em irregularidades, alegando desconhecer qualquer relação fraudulenta envolvendo a Neoway. Ele declarou que o pagamento foi destinado à implementação de um sistema de teleconsulta veterinária, serviço que, segundo ele, nunca foi prestado.