O clássico entre São Paulo e Corinthians, realizado no último domingo (29) no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, trouxe à tona mais um episódio lamentável de homofobia no futebol brasileiro.
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Torcedores do São Paulo entoaram gritos homofóbicos durante a partida, mas, surpreendentemente, o árbitro Rafael Rodrigo Klein não mencionou o ocorrido na súmula do jogo.
Incidente ignorado pela arbitragem
Os gritos começaram por volta dos 30 minutos do primeiro tempo, quando parte da torcida Tricolor entoou cânticos ofensivos como: “Ronaldo saiu com dois travecos…Dinei desmunhecou, na fazenda de calcinha ele dançou”.
Vale destacar que o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) é claro em relação a atos discriminatórios. De acordo com o artigo 243, é proibido praticar qualquer ato ultrajante ou preconceituoso relacionado a raça, sexo, ou condição física.
Por isso, a ausência de qualquer menção ao incidente na súmula gera questionamentos. Além disso, o protocolo da arbitragem em situações como essa exige a interrupção imediata da partida até que os gritos sejam cessados, algo que não foi realizado por Rafael Klein durante o confronto.
Possíveis consequências para o São Paulo
Cabe ressaltar que episódios de homofobia em estádios podem acarretar punições graves. O artigo 170 do CBJD prevê a possibilidade de perda de mando de campo, além de multas que podem variar de R$ 100 a R$ 100 mil. Sendo assim, há uma expectativa de que o São Paulo possa enfrentar penalidades futuras, caso a denúncia seja formalizada e julgada.
Casos anteriores e precedentes
Dessa maneira, o episódio reforça um problema recorrente no futebol brasileiro. Isso porque em 2023, o Corinthians já foi punido pela prática homofóbica de sua torcida em um clássico contra o próprio São Paulo, tendo que jogar uma partida com portões fechados. Dessa forma, estabelece-se um precedente para que situações semelhantes não fiquem sem punição.