Dirigente disse que não há receita na modalidade
Nesta quinta-feira (3), o CEO do Cruzeiro, Alexandre Mattos, disse em entrevista no evento Fórum SAF, que o futebol feminino do clube não gera receita e que a gestão anterior estava dando um passo maior que a perna por conta disso.
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A manifestação de Mattos se deu muito por conta da declaração do dono da SAF do clube, Pedrinho, que disse que não fará investimentos no futebol feminino do Cruzeiro. A fala de Pedrinho aconteceu no último domingo (29), logo após a saída de Kin Saito, diretora de futebol do time feminino. No entanto, a declaração de Pedrinho gerou diversas críticas de torcedores, já que após comprar a Raposa, ele havia dito que faria investimentos na equipe feminina.
Segundo Alexandre Mattos, Pedrinho acabou sendo mal interpretado pela fala. O dirigente ainda disse em tom de ironia que na antiga gestão, quando o time feminino do Cruzeiro precisava de dinheiro, ia até o Supermercados BH para pedir que pagassem a conta, e segundo o CEO, isso não irá acontecer mais.
“(Pedrinho) Foi muito mal interpretado. No futebol como um todo, base, masculino, feminino o Cruzeiro vai andar dentro de um planejamento rígido pra não fazer nada que não for possível. Com o tempo, vamos conseguir pagar a dívida que ainda é astronômica, vamos conseguir mais patrocinadores, mais sócios, o torcedor vai entender que precisamos muito dele nos apoiando, indo ao estádio, fazendo sócio-torcedor, aí vai aumentar a receita e, consequentemente, o investimento no futebol feminino, base, masculino. O que o Cruzeiro não vai é fazer algo que se prejudique. A torcida quer organização para nunca mais passar o que passou”, disse Alexandre Mattos, que continuou:
“No futebol feminino, estava um passo maior do que a perna. O que o Pedrinho deixou claro é que vamos equilibrar isso, porque antes, quando precisava de dinheiro, batiam na porta do Supermercados BH para pedir (dinheiro) para pagar conta. Hoje ele é o dono, o dinheiro é dele. Em qualquer situação, seja base, masculino, feminino, se precisar recuar pra dar um salto maior lá na frente, vamos fazer”, completou.
“O Cruzeiro tem obrigação institucional de cuidar de qualquer profissional que tá lá dentro, não há nenhum tipo de discriminação. Agora, tem que ter receita para se produzir. A partir do momento que se produzir receita, vai ter o investimento. Se não produzir receita, a “receita” é o Pedro Lourenço, porque o dinheiro sai dele. O Cruzeiro, principalmente no futebol feminino, que todos sabem que não tem praticamente receita, estava dando um passo maior que a possibilidade (de receita). Isso era claro, a torcida precisa entender, pagavam porque iam lá no Supermercados BH pedir dinheiro do Pedro. Isso não vai mais acontecer. No futebol feminino, queremos continuar dentro da nossa realidade de brigar na parte de cima”, finalizou o CEO Alexandre Mattos.
