Renault confirma fim da fabricação de motores de F1 em 2025; Alpine negocia com Mercedes
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (30), a Renault anunciou que encerrará suas operações na fabricação de motores de Fórmula 1 ao final de 2025. A estrutura em Viry-Châtillon, que atualmente fabrica as unidades de potência, será transformada em um centro de engenharia focado no desenvolvimento de tecnologias para os carros das marcas Renault e Alpine.
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Mesmo com a transição, a Renault informou que as atividades relacionadas à F1 continuarão até o fim da temporada de 2025. “As atividades de Fórmula 1 em Viry, excluindo o desenvolvimento de um novo motor, continuarão até o final da temporada de 2025”, disse a empresa.
A mudança ocorre enquanto a Fórmula 1 se prepara para introduzir uma nova era de motores em 2026. Com o fim da produção interna, a Alpine, que atualmente é a única equipe a usar os motores Renault, já negocia com a Mercedes para que a fabricante alemã seja sua nova fornecedora a partir de 2026.
A Alpine também estabelecerá uma unidade de monitoramento da F1 em Viry-Châtillon, com o objetivo de preservar o conhecimento e as competências dos profissionais que atuam na sede.
A decisão da Renault de encerrar a produção de motores gerou protestos entre os funcionários da fábrica. Durante o GP da Itália, eles exibiram faixas com as frases “Nos deixe correr” e “Salve 50 anos de F1 na França”, ressaltando o histórico da fabricante com 12 campeonatos mundiais conquistados, tanto pela equipe de fábrica da Renault quanto por clientes como Williams, Benetton e Red Bull.
Atualmente, a Renault só fornece motores para a Alpine, o que limita a coleta de dados e o desenvolvimento da unidade de potência. Bruno Famin, ex-chefe interino da equipe, revelou que o motor Renault tinha um déficit de 15kW (equivalente a 0,2s por volta) em comparação com os concorrentes. Em busca de maior competitividade, a Alpine reformulou sua equipe, promovendo Oliver Oakes a chefe de equipe e trazendo de volta Flavio Briatore como consultor executivo.
Se a parceria com a Mercedes for concretizada, a Alpine espera benefícios tanto financeiros quanto competitivos. A equipe alemã está confiante no desenvolvimento de seus novos motores para a temporada de 2026. Em 2024, com desempenho abaixo do esperado, a Alpine ocupa a penúltima posição no campeonato de construtores. Pierre Gasly é o 15º colocado, com 8 pontos, e Esteban Ocon, que se transferirá para a Haas em 2025, ocupa o 18º lugar com 5 pontos.