Timão é notificado pela Polícia Civil sobre investigações relacionadas à Casa de Apostas
O contrato entre o Corinthians e a VaideBet está sob investigação da Polícia Civil de Pernambuco, que enviou uma notificação ao clube pedindo esclarecimentos sobre o uso de intermediárias no patrocínio.
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De acordo com o contrato, a VaideBet tinha autorização para utilizar a Zelu Brasil ou a Pay Brokers como intermediadoras de pagamento. Ambas as empresas estão sendo investigadas, e a utilização de outras intermediárias pela casa de apostas exigiria autorização prévia do Corinthians, algo que, segundo as autoridades, não ocorreu.
O ofício, datado de quarta-feira (9), menciona o Timão em relação ao recebimento de R$ 56 milhões em pagamentos do contrato, feitos por três intermediadoras diferentes.
As autoridades questionam se houve uma autorização expressa para que essas empresas realizassem remessas de valores ao clube em decorrência do acordo com a VaideBet. O ofício solicita detalhes sobre como essa aprovação ocorreu e, caso tenha sido formalizada por escrito, pede uma cópia da manifestação correspondente.
O documento também pede o contato de Luís Ricardo Alves, conhecido como Seedorf, superintendente financeiro da gestão de Augusto Melo. Seedorf prestou depoimento em setembro, mas as conversas com a polícia foram interrompidas, com seu advogado tentando “direcionar as respostas”.
A relação entre Corinthians e VaideBet começou a se deteriorar em maio, após surgirem notícias sobre supostas irregularidades no repasse de comissões relacionadas à intermediação do contrato. A situação gerou uma série de questionamentos internos e externos, levando o Conselho Deliberativo do clube a investigar o caso.
Como resultado, Sérgio Moura, diretor de marketing do Corinthians, pediu afastamento até que as investigações sejam concluídas. Em contrato, foi estabelecido um pagamento de R$ 25,2 milhões em comissão à Rede Social Media Design, equivalente a 7% do valor total da parceria. A empresa pertence a Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, que trabalhou na campanha de Augusto Melo à presidência do clube.
O mal-estar gerado pelo imbróglio levou a pedidos de demissão por parte de alguns diretores. Em 7 de junho, o Corinthians e a VaideBet anunciaram a rescisão do contrato.
