O atacante ainda sonha com um retorno ao time principal da seleção
Lucas Moura mantém vivo o sonho de disputar uma Copa do Mundo e já projeta sua participação no Mundial de 2026. O atacante do São Paulo, em entrevista recente, revelou sua motivação para continuar buscando uma vaga na seleção brasileira, algo que sempre foi uma meta pessoal.
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“Acho que é possível, sim. Eu me vejo na seleção. Sempre foi um sonho jogar uma Copa, e, quando eu voltei para o São Paulo, tinha esse objetivo. Estou novo ainda, me sinto bem fisicamente. Tenho muita lenha para queimar e acredito que posso ajudar bastante. Vou trabalhar e me esforçar ao máximo para alcançar 2026”, afirmou.
Lucas também refletiu sobre a trajetória dele e de Neymar, jogadores que despontaram juntos no cenário nacional e internacional. Questionado sobre as expectativas iniciais de que ambos formariam uma grande dupla na seleção, Lucas comentou sobre as comparações frequentes que surgiram no início de sua carreira.
“Já ouvi bastante isso, é difícil achar uma explicação. No começo da minha carreira, surgiram muitas comparações até injustas com o Neymar. Primeiro que cada jogador tem sua característica, sua história e maneira de ser. E o Neymar é um daqueles jogadores que surgem a cada trinta anos, um gênio da bola. Ele é completo, tem drible, velocidade, definição. Essas comparações me incomodavam na época, mas é difícil achar uma explicação. Talvez tenha faltado uma sequência e oportunidades para jogar no time titular. Fiquei três anos na seleção e joguei pouquíssimo como titular”, disse.
O atacante ainda refletiu sobre a Copa do Mundo de 2014, edição na qual acreditava que teria condições de atuar.
“Eu acho que na Copa de 2014 tinha condições de jogar, estava vivendo um momento muito bom no PSG, tanto que eu era titular e o Cavani, banco, então tinha muita esperança. A Copa de 2018 já era mais difícil porque eu vinha de cinco meses sem jogar no PSG e havia me transferido para o Tottenham. Era bem no comecinho, mais complicado mesmo. Confesso que machucou (ficar fora de 2014), mas não gosto da palavra injustiça, é um pouco pesada. Tem muitos jogadores no Brasil, não é? Dá para montar umas três seleções. São escolhas do treinador e temos que respeitar”, comentou.
Além de seu desejo pessoal de voltar à seleção, Lucas Moura comentou sobre a crise de identidade que, na visão dele, afeta a relação da torcida com a seleção brasileira.
“Mudou muito de como era antigamente a ligação da torcida com a seleção brasileira, infelizmente. Não sei o que motivou isso, talvez o problema político que atravessamos até hoje. Polarizou bastante, uma pena. A seleção sempre teve o poder de unir bastante o povo brasileiro. Eu sou de uma geração que pintava as ruas durante as Copas do Mundo, e era uma alegria enorme. Infelizmente, perdemos um pouco disso. Mas está nas nossas mãos, ou melhor, nos nossos pés. Não tem mais jogo fácil e simples, e cabe a nós resgatar novamente essa identidade da torcida”, refletiu Lucas.
Por fim, Lucas também compartilhou sua visão sobre o nível técnico da seleção brasileira em comparação com as seleções europeias. Ele não acredita que o Brasil esteja abaixo, mas reconhece que é necessário mais organização e mentalidade para complementar o talento.
“Sempre estivemos à frente na qualidade técnica. Em todas as gerações, o Brasil sempre foi uma máquina de revelar jogadores. Só que não é só talento, não basta, precisa de organização, mentalidade, é um conjunto. Precisamos melhorar no que estamos pecando, porque não é talento ou uma questão de qualidade”, finalizou o atacante.