A declaração de Wesley Patati sobre sua adaptação ao futebol israelense

Weslley Patati pelo Santos (Foto: Reprodução/Santos)

O jovem atleta relembrou como era a vida em Santos e como está sendo sua nova fase no futebol israelense

Wesley Patati, de 21 anos, vive uma fase de adaptação em sua nova vida no futebol israelense, marcada por desafios, aprendizados e um acolhimento caloroso por parte da torcida. Após deixar o Santos, clube que o revelou, o jovem atleta compartilhou como está sendo essa transição e também refletiu sobre as dificuldades que enfrentou no Brasil, especialmente após o rebaixamento do Peixe e um episódio que o colocou no centro de polêmicas.

No Santos, Patati lidou com situações extremas, incluindo ameaças de morte após uma postagem que fez no Instagram. O atleta comentou de forma descontraída sobre uma longa viagem de ônibus de Londrina a Catanduva, mas o comentário foi mal interpretado e acabou viralizando.

“O ‘pqp’ é gíria, não foi uma reclamação direta, mas entendi meu erro. Entendi que não posso confiar nas pessoas. A reação foi muito exagerada, passou na Choquei. Fiquei um mês sem sair de casa. Sei que o que fiz não foi legal, mas não é para tanto”, revelou.

Ele também contou que, na época, foi amparado por Giuliano e Gil, que o ajudaram a lidar com o momento de tensão. “Eles me abraçaram naquele momento, me blindaram, disseram que sou jovem e tenho muito a aprender”.

Agora, em Israel, Wesley enfrenta novos desafios, inclusive situações inusitadas, como os alertas de mísseis no país. Ele descreveu um susto que passou quando uma sirene tocou durante um passeio.

“Nós estávamos cantando, nos divertindo, brincando, e a sirene tocou. Uma das meninas viu o povo correndo e falou para eu abaixar o vidro. Foi aquele corre-corre para o abrigo. Eu me desesperei, falei que tinha que subir o vidro do carro, pegar o celular, pegar a chave. Agora eu já aprendi e deixo o vidro na metade, assim eu escuto melhor”, disse.

O jovem também comentou sobre as diferenças culturais, especialmente as praias de Tel Aviv.

“Aqui, os homens usam cueca na praia. Em Santos, isso não é normal, capaz de você ser preso até [risos]. A única coisa que me surpreendeu foi essa questão de usar cueca, eu não me acostumo com isso.”

Apesar das adaptações culturais e dos momentos de tensão, Patati destaca o apoio incondicional que vem recebendo da torcida de seu novo time.

“Recebi muitas mensagens desde o início das negociações. Minha caixa de mensagens só tinha coração amarelo e azul. Falavam que iriam me abraçar, me acolher e me proteger, que eu seria tratado como um rei aqui. Eu vim de consciência tranquila, porque sabia que todos iriam ter paciência comigo na adaptação. Fiquei muito feliz de verdade”, finalizou.