Tricolor sofre financeiramente, mas traça plano
O São Paulo sofre financeiramente já faz um tempo, mas traça estratégia para virada de chave. A ideia que foi colocada em pratica nos últimos anos na gestão do presidente Julio Casares irá mudar. Nas últimas temporadas, o tricolor dificilmente negociava venda de jogadores, especialmente de jovens atletas da base. No entanto, em 2025 será diferente.
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O plano inicial de Casares em sua gestão era de voltar a conquistar títulos, fato que foi conquistado com os títulos do Paulistão (2021), Copa do Brasil (2023) e Supercopa Rei (2024). O tricolor ainda chegou nas finais do Paulistão e da Copa Sul-Americana (2022). Para que isso fosse possível, a diretoria são paulina abriu mão de negociar jogadores valiosos.
Rodrigo Nestor e Pablo Maia são os grandes exemplos. A dupla teve grande importância no título inédito da Copa do Brasil ano passado. O camisa 11 tricolor inclusive, deu uma assistência na ida e marcou na volta, contra o Flamengo.
Outro jogador que teve extrema importância foi o zagueiro Lucas Beraldo. O São Paulo blindou negociações por Beraldo na janela do meio do ano e liberou o zagueiro apenas no final da temporada. Na ocasião, o tricolor vendeu a joia por cerca de 19 milhões de euros (R$ 101,6 milhões, segundo a cotação da época) ao Paris Saint Germain.
“Vamos lutar pela competitividade, mas seremos responsáveis. O cobertor é curto. Em 2023 não fizemos vendas pela disputa da Copa do Brasil. Hoje estamos no mercado, se aparecer uma boa proposta, podemos vender”, comentou o presidente Julio Casares.
O plano do São Paulo é de usar mais a base em 2025, afinal, o tricolor possui uma das melhores bases do Brasil, e não atoa revelou o último brasileiro melhor do mundo, Ricardo Kaká. Para isso, o CT de Cotia vem passando por algumas reformas para o processo. Em 2024, o principal jovem que vem sendo utilizado por Luis Zubeldía é o atacante William Gomes. Henrique Carmo, também atacante, vem treinando no CT da Barra Funda diariamente e deverá receber chances na próxima temporada.
Para reforçar o plantel, o São Paulo irá usar do mesmo plano das últimas janelas. Contratar jogadores baratos e aproveitar oportunidades de mercado. Outra opção também é de trazer jogadores por empréstimo, assim como foi com Marcos Antônio, Ruan, Santi Longo e Jamal.
“Vamos trabalhar na reestruturação da dívida sem perder competitividade. Nem tudo é aquisição de atletas e nem tudo é dentro do exercício. Você faz um empréstimo com opção de compra. Assim trouxemos grandes jogadores. Há condição de competir, mas que o cinto será apertado, será. Eu poderia dizer que vou tentar reforçar o time nestes dois anos de mandato e tentar ganhar títulos, mas minha dívida vai para valores inimagináveis. Temos de ter responsabilidade”, concluiu Casares, em entrevista à TNT Sports.
A partir de 2025, o São Paulo praticamente está “impedido” de aumentar suas dívidas. O “Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios São Paulo Futebol Clube” foi aprovado com 80% de votos no Conselho Deliberativo. O fundo tem como objetivo ter um controle maior das dívidas do clube, não só para não aumentar, mas para diminuir.
Alguns exemplos desses gatilhos incluem limite de gastos com investimentos no futebol, exigência de superávit anual e corte de despesas com salários na administração do clube. O objetivo é garantir uma gestão financeira responsável, visando à sustentabilidade do clube nos próximos anos.