Em um cenário onde a narração esportiva tradicionalmente é dominada por vozes masculinas, a crescente presença de narradoras femininas no futebol tem gerado tanto expectativa quanto críticas por parte dos telespectadores.
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Em entrevista ao “Cheguei Podcast do Garotinho”, Cléber Machado, um dos ícones da narração esportiva brasileira, falou sobre a evolução do espaço feminino na mídia esportiva.
“A nossa sociedade é machista”, disse Cléber Machado
Cléber, que atualmente está no SBT e em breve se juntará à Record, acredita que a inclusão das mulheres na narração é um avanço que deveria ter ocorrido muito antes.
“A nossa sociedade é machista, em tudo, não só no futebol. E eu acho até que demorou demais para ter [narradoras] e ainda não é pleno como deveria ser o processo de equilíbrio entre homens e mulheres em relação a salário, oportunidades e respeito”, disse o narrador.
Durante a conversa, Cléber abordou a suposta necessidade de um “estilo feminino” de narração. Para ele, essa distinção não faz sentido. “Eu acho que estilo e competência não têm sexo. O cara é bom e a moça é boa em qualquer atividade”, afirmou o narrador.
Pioneiras na mídia esportiva
Cléber mencionou várias pioneiras, como Claudete Troiano e Regiani Ritter, que abriram as portas para as atuais narradoras e comentaristas. “A narração era uma questão de tempo”, completou.
Sendo assim, a evolução da narração feminina no futebol brasileiro é um reflexo das mudanças sociais que ainda estão em andamento. Com as narradoras conquistando cada vez mais espaço, é importante que o público também abrace essa diversidade.
“Muita gente reclama, mas em tudo sempre tem gente que elogia e que critica, é do jogo”, concluiu Cléber.
Com isso, a expectativa é que o espaço para narradoras continue a crescer, proporcionando não apenas mais representação, mas também elevando o nível do futebol brasileiro como um todo.
