Carille avalia planejamento e dificuldades após vitória do Santos sobre o Ceará na Série B
Na noite desta terça-feira (22), o Santos venceu o Ceará por 1 a 0, na Vila Viva Sorte, em partida válida pela 33ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Após o triunfo, o técnico Fabio Carille fez uma análise sobre o andamento da temporada, o planejamento futuro do clube e as dificuldades enfrentadas pela equipe ao longo da competição.
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Em coletiva de imprensa, Carille abordou o planejamento do Santos para o próximo ano, destacando que já está participando do processo, mesmo que sua permanência ainda não esteja garantida.
“O planejamento já começou, e eu faço parte desse planejamento, independente de ficar ou não”, afirmou o treinador. “Como sou técnico hoje, eu tenho que participar disso. Não tem nada definido sobre o que vai acontecer, ainda não parei pra pensar”, disse, ressaltando que uma decisão sobre seu futuro no clube só será tomada após reuniões com seus empresários e a diretoria santista.
Apesar da incerteza quanto à sua continuidade, Carille está ativo no planejamento do elenco para 2024, analisando jogadores com contratos em fim de vigência e outras oportunidades no mercado.
“O clube já está de olho em algumas coisas, contratos que terminam por aí. Tem que ficar de olho sim, tô participando sim, mas isso não quer dizer nada da minha permanência pro ano que vem”, ponderou o treinador, deixando claro que sua participação no planejamento atual não significa, necessariamente, sua renovação com o Peixe.
Dificuldades e aprendizados na Série B
Ao falar sobre a campanha do Santos na Série B, Carille foi honesto ao admitir que o time poderia ter conquistado mais pontos ao longo da competição, mas reconheceu a complexidade do torneio.
“Achamos que poderíamos ter mais pontos sim, mas é um campeonato em que alguns falam que o nível está fraco, outros dizem que está bem competitivo. Olha o Amazonas fazendo a competição que está fazendo”, analisou o técnico.
Ele também destacou que o Santos demorou para se adaptar ao estilo de jogo mais físico e menos técnico da Série B, mencionando a diferença de qualidade dos gramados e a experiência limitada de alguns jogadores no torneio.
“Demoramos um pouco para entender o que é a competição, em alguns campos ruins poderíamos ter sido mais simples. Muitos jogadores na primeira vez na Série B”, afirmou.
Carille também fez uma autocrítica em relação à execução tática da equipe, ressaltando a necessidade de uma tomada de decisão mais eficiente em momentos decisivos dos jogos.
“Entregamos bolas simples que estavam no nosso pé. Temos que descansar mais com a bola, se organizar melhor. Faltou uma decisão melhor dos nossos atacantes”, lamentou o treinador, citando um lance em que Laquintana poderia ter gerido melhor a posse de bola em vez de precipitar o ataque.
O técnico também mostrou confiança na capacidade do elenco de melhorar na reta final da competição, mas reconheceu que o Santos precisa alinhar emoção e razão para ser mais eficaz na Série B.
“É muito mais um time de Série A do que de Série B. Dá a entender que estávamos mais preparados para isso do que para a realidade da Série B, que é mais emoção do que razão”, finalizou Carille.