A declaração de Fernando Diniz direcionada a torcida do Cruzeiro

Fernando Diniz durante apresentação no Cruzeiro (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

 “Pode colocar tudo na minha conta”, disse o treinador

Após o empate do Cruzeiro na primeira partida das semifinais da CONMEBOL Sul-Americana, contra o Lanús, no Mineirão, o técnico Fernando Diniz assumiu a responsabilidade pela sequência de cinco jogos sem vitória da equipe. Em entrevista coletiva após o jogo, Diniz analisou o desempenho do time e reconheceu a necessidade de melhorias imediatas para alcançar os resultados esperados.

Diniz destacou a importância de lidar com os erros cometidos em campo, mencionando que o time sofreu um gol em uma jogada treinada exaustivamente.

“Na minha conta pode colocar tudo, quem quiser colocar. Sou o treinador do time e o time tem que produzir e tem que ganhar. Contra o Bahia, fizemos um jogo muito bom. O 1º tempo foi de razoável para bom e o 2º foi muito bom, com as características que quero que jogue, com imposição. E tomamos um gol de contra-ataque em um 1 a 0, com o jogo controlado. Time nenhum pode tomar o gol nessa situação, é totalmente evitável”, disse.

Sobre o confronto com o Lanús, Diniz enfatizou dois pontos cruciais que haviam sido trabalhados nos treinos: a bola longa e a bola parada, elementos que se mostraram determinantes no resultado.

“Hoje tinham duas coisas que a gente tinha que tomar cuidado com o Lanús: bola longa e bola parada. A gente treinou exaustivamente esse escanteio. Essas coisas a gente vai aprendendo com o tempo”, comentou o técnico, reforçando a necessidade de concentração e aplicação nas partidas.

Diniz também reconheceu o apoio da torcida cruzeirense, que, segundo ele, fez sua parte durante o jogo.

“Hoje quem jogou muito bem foi o torcedor. Incentivou o time quase que na totalidade do jogo e vaiou no final. E foram vaias merecidas, a gente tem que saber absorver e treinar coisa melhor para o torcedor.”

Em relação às críticas, o treinador deixou claro que está preparado para ser cobrado e que entende a pressão de comandar um clube da dimensão do Cruzeiro.

“Responsabilidade tenho desde o dia que cheguei aqui e quero ter essa responsabilidade. É para me cobrar, eu estou aqui para ser cobrado, não estou aqui para ser isento de nada. Respeito demais uma instituição gigante e a gente precisa produzir o quanto antes e entregar resultado”, afirmou Diniz.

O Cruzeiro agora precisa buscar a classificação para a final da Sul-Americana no jogo de volta, fora de casa, contra o Lanús.

“Em relação ao fugir do roteiro, de fato é uma coisa meio tradicional de se falar, mas muitas classificações não são ganhas em casa, se ganha fora, e é o que a gente precisa fazer. E o roteiro foi esse porque a gente jogou mal. Não tem desculpa, a gente jogou mal e foi isso”, concluiu Diniz, ciente do desafio que a equipe enfrentará na Argentina.