“A responsabilidade é toda minha”, disse o ex-treinador
O técnico do Red Bull Bragantino, Pedro Caixinha, refletiu sobre a derrota por 1 a 0 para o Botafogo, ocorrida no sábado, no Estádio Nabi Abi Chedid. Em sua análise, o treinador português reconheceu as qualidades do Botafogo, atual líder do Brasileirão e semifinalista da Libertadores. Ele ressaltou que, pelo desempenho, o Alvinegro pode ser considerado a melhor equipe do campeonato e possivelmente da América do Sul.
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Caixinha elogiou a inteligência tática e a força ofensiva do Botafogo, destacando que o adversário demonstrou grande capacidade dentro de campo. No entanto, ele também enfatizou que o Bragantino conseguiu equilibrar a partida após os primeiros 20 minutos do primeiro tempo, conseguindo ajustar a estratégia para enfrentar o Botafogo de maneira mais competitiva.
No entanto, o segundo tempo foi mais complicado para o Bragantino, e o treinador admitiu que sua equipe “não entrou bem” e teve que recuar, o que permitiu ao Botafogo pressionar e, eventualmente, marcar. O gol do Botafogo ocorreu após uma falta evitável, um erro que, segundo Caixinha, não deveria ter acontecido em um contexto de alto rendimento.
“No segundo tempo, não entramos bem. Ao não entrar bem, não tivemos a capacidade de continuar a fazer o jogo com a intensidade e o momento com que terminamos o primeiro tempo. A equipe teve que recuar nitidamente em relação a isso.”
“Sobre o gol, o que posso dizer é que é uma falta mais do que evitável. É uma falta que não se pode cometer neste nível de alto rendimento. Além disso, a forma como defendemos também deixou muito a desejar.”
“Houve bolas bem mais perigosas do Botafogo, inclusive em situações de bola parada, que defendemos melhor porque estávamos posicionados corretamente, como deveríamos estar. Custou mais para segurar a defesa, e o impacto emocional foi grande, principalmente porque o gol saiu no minuto 41. É verdade que o Botafogo foi muito superior no segundo tempo e que teve algumas outras chegadas e ocasiões em que podia ter feito o gol. Mas, naquele momento, se não dá para ganhar, também não dá para perder,” analisou o treinador.
Assumindo a responsabilidade pelo resultado, Caixinha explicou que está ciente dos ajustes necessários para que o time retome a confiança e busque evitar a queda para a Série B.
” A responsabilidade é toda minha. Sou eu que treino a equipe. Sou eu que escolho os jogadores. Sou eu que escolho as decisões sobre as substituições. A responsabilidade é toda minha. Toda minha”, afirmou o técnico.
Ele havia destacado que, a partir daquela partida, o foco é buscar um retorno às origens, resgatando a consistência defensiva e a confiança coletiva que caracterizaram o Bragantino no início da temporada.
“Agora é um momento muito importante de nós darmos o que temos e o que não temos. E tentar voltar àquilo que éramos às origens como equipe. Nesse jogo, no primeiro tempo, boa parte dele, e depois dos 20 minutos, a equipe conseguiu ter essa capacidade de atuar coletivamente e de acreditar naquilo que estávamos a fazer. Agora, daqui para a frente, tendo em conta também algumas dificuldades que temos na última zona, temos que encontrar soluções para que a equipe volte a ter o equilíbrio defensivo, volte a ter solidez defensiva”, disse o ex-técnico do Bragantino.