A declaração de Artur Jorge sobre a arbitragem no jogo entre Peñarol x Botafogo

Arthur Jorge durante a chegada do time do Botafogo para o jogo contra o Palmeiras em São Paulo válido pela Libertadores 2024 (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

Artur Jorge explica escolha por time misto em derrota para o Peñarol na semifinal da Libertadores

O técnico Artur Jorge optou por uma formação alternativa para o jogo de volta contra o Peñarol, colocando o Botafogo em campo sem cinco de seus titulares. Mesmo com a derrota por 3 a 1 no Estádio Centenário, em Montevidéu, o Glorioso avançou para a final da Libertadores-2024 graças ao placar agregado de 6 a 3. Após o confronto, Artur esclareceu a estratégia de poupar atletas que estavam pendurados com cartões, com exceção do goleiro John, que permaneceu como titular.

“Tendo em conta a vantagem de 5 a 0 que trazíamos, isso permitiu que tivéssemos um cuidado para preservar esses atletas que corriam o risco de ficar fora da final. Jogou o John porque era importante saber que tínhamos que passar pelas eliminatórias. Falamos com todos os jogadores sobre o contexto do jogo, tínhamos muito mais a perder do que o adversário. Queríamos olhar para o jogo de forma competitiva, sem perder a coragem e a combatividade que colocamos em campo para chegarmos à final com muito mérito”, afirmou o técnico.

A partida foi marcada por um primeiro tempo difícil para o Botafogo, que enfrentou dificuldades em manter a posse de bola e passou grande parte do tempo correndo atrás do adversário. No segundo tempo, uma situação controversa envolvendo a arbitragem irritou Artur Jorge. Durante um lance em que Vitinho finalizou para o gol, o árbitro interrompeu a jogada ao marcar um pênalti que acabou sendo anulado após revisão do VAR.

“Temos que olhar para o jogo como uma eliminatória que ficou 6 a 3. Vencemos claramente o primeiro jogo. Aqui, o jogo foi estranho em alguns momentos em que abdicamos de jogar. Foi estranho quando no segundo tempo dominávamos por completo e houve uma precipitação do árbitro ao marcar pênalti e não deixar seguir a jogada, que terminou em gol”, disse o técnico.

“Portanto, uma coisa ou outra deveria ter sido marcada. Fazíamos ali 1 a 1. É importante termos uma análise cuidadosa sobre o jogo, em que tivemos mais momentos defensivos inconscientemente. Só quem está lá dentro sente, a forma como se retrai, é difícil entrar na cabeça dos jogadores, porque é uma semifinal, é o topo”, finalizou Artur.

Apesar do resultado negativo em Montevidéu, o Botafogo garantiu a vaga na final da Libertadores e agora foca na decisão contra o Atlético-MG, marcada para o dia 30 de novembro no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.