Na manhã da última terça-feira, 5 de novembro de 2024, o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, viveu momentos de tensão. Acordado por policiais federais em sua casa, o jogador se tornou alvo de uma investigação sobre um possível envolvimento em um esquema de apostas que teria ocorrido durante uma partida contra o Santos, em 2023.
- Ex-jogador do Flamengo manda recado para Gerson
- Torcida do Flamengo bate recorde na Copa do Brasil de 2024
Acusado de supostamente receber cartões de propósito para beneficiar apostadores, Bruno Henrique demonstrou grande abalo emocional ao se deparar com a operação e, ainda assim, pediu para jogar no próximo compromisso da equipe, buscando manter o foco.
Uma manhã de tensão no Rio de Janeiro
A ação da Polícia Federal aconteceu no início da manhã, por volta das 6h, no condomínio de luxo onde o jogador mora, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Bruno Henrique, acompanhado da esposa e filhos, foi surpreendido pela presença de policiais que cumpriam mandados de busca e apreensão.
O ambiente familiar e a maneira como a operação foi conduzida abalaram o jogador, que, conforme relatos, ficou visivelmente incomodado. “Relatos são de choro e apreensão”, descreveu uma fonte ao GE.
Além disso, os policiais reviraram cada cômodo da residência, levando apenas o celular do jogador para apuração. Com isso, o Flamengo também se tornou palco das buscas, pois a PF se dirigiu ao centro de treinamento Ninho do Urubu, onde os quartos dos atletas foram inspecionados.
A investigação precisou de um código de acesso que foi fornecido pelo próprio jogador para liberar a entrada dos agentes. Dois seguranças acompanharam o processo, que terminou sem maiores apreensões.
Investigação de familiares e apostas elevadas
O caso envolve mais pessoas próximas a Bruno Henrique, como familiares e amigos. Entre os investigados estão o irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Junior, e outros parentes, além de conhecidos residentes em Belo Horizonte, cidade natal do atleta.
Esses nomes aparecem no relatório da IBIA (Associação Internacional de Integridade em Apostas), onde consta que a probabilidade de Bruno Henrique receber um cartão no jogo em questão era de 3,10. Isso significa que, a cada R$ 1 apostado, os ganhos poderiam ser de R$ 3,10, um atrativo que teria movimentado valores substanciais em apostas.