Ídolo histórico do Palmeiras quase jogou no Corinthians

Escudos de Palmeiras e Corinthians (Imagem: Editoria de arte/Gávea News/Henrique Machado)

Uma das maiores idolatrias da história do Palmeiras poderia ter se perdido no tempo se por uma ironia do destino, o ex-goleiro Marcos tivesse jogado pelo Corinthians. Apesar da sugestão parecer completamente estranha, isso quase aconteceu em 2005, é o que revela o próprio pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira.

Marcos construiu a idolatria no Alviverde depois da conquista do título da Copa Libertadores da América, em 1999, quando foi escolhido o melhor jogador da competição. Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, ajudou o Palmeiras a derrotar o Deportivo Cali, da Colômbia, nos pênaltis, e assim conquistar o primeiro título da equipe no torneio continental.

Ao longo de 20 anos de carreira, ele atuou apenas pelo Palestra. Foram 533 partidas, com vários títulos importantes. Entre eles, quatro Campeonatos Paulistas, uma Libertadores, uma Mercosul, uma Copa do Brasil e dois Campeonatos Brasileiros. Mas tudo isso poderia não significar nada se em 2005 ele tivesse ido ao Corinthians.

Em entrevista ao podcast “Benja me Mucho”, do apresentador Benjamin Back, Marcos contou que em 2005 a MSI quase o levou ao Timão. Segundo ele, o Palmeiras queria negociá-lo para o exterior e o empresário iraniano Kia Joorabchian propôs a ele o negócio. Ele iria ao Benfica, de Portugal, e voltaria ao Brasil para atuar pelo time do Parque São Jorge.

“Eu ia jogar em Portugal, mas era uma ponte para eu ir para o Corinthians”, revelou e continuou. “Eu falei para ele que não dava, mas ele queria muito. Eu ia para o Benfica, ficava um tempo no Benfica e depois me apresentava no Corinthians”.

Marcos ainda disse que o jogador de futebol muitas vezes está refém da própria carreira. Segundo ele, nem sempre ele pode fazer escolhas com base nos sentimentos. Mas depois que contou ao presidente do Palmeiras da época o que poderia acontecer, ele ficou no clube. 

“Em 2005 o Corinthians queria me contratar e eu não podia implorar para ficar só porque eu sou torcedor. Eu falei para o presidente que eu ia para fora e depois ia para o Corinthians, porque o Palmeiras queria me vender para fora”, disse e finalizou. “E eu poderia ir, mas não quero ser chamado de traíra, o clube foi avisado o que iria acontecer. Então, resolveram não vender, acho que o presidente ficou com medo. E eu também não queria ir, não dá. Tem coisa que não dá. Imagina o Cássio no Palmeiras? Não dá”.