A declaração de Landim direcionada a Eduardo Bandeira de Mello

Rodolfo Landim em entrevista coletiva no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Rodolfo Landim reduziu a importância de Eduardo Bandeira de Mello na reestruturação financeira do Flamengo. Para o atual presidente do clube, o impacto do antecessor na gestão “chapa azul” iniciada em 2012 foi “pouco significativo”. Landim ainda comentou que os resultados do Flamengo durante o segundo mandato de Bandeira ficaram abaixo do esperado.

Durante entrevista ao canal ‘Benja Me Mucho’, Landim lembrou que, em 2012, quando Bandeira assumiu a presidência, ele próprio era vice-presidente de Planejamento e Orçamento. Landim afirmou que ele e Wallim Vasconcellos seriam os candidatos naturais à presidência e à vice-presidência, mas ambos foram impedidos por regras estatutárias, o que fez de Bandeira uma “alternativa”.

Landim avalia gestão de Bandeira de Mello

Rodolfo Landim descreveu o cenário financeiro do clube em 2012, marcado por uma dívida de R$ 750 milhões e uma receita de R$ 212 milhões. Ele destacou a gravidade da situação, com um prejuízo de R$ 63 milhões naquele ano. A nova gestão, conforme explicou, assumiu o compromisso de reverter essa condição, enquanto Bandeira teria um papel secundário.

“Naquele ano especificamente, o Flamengo teve um prejuízo de 63 milhões em 2012. Bom, a gente assume um grupo, na verdade fui só eu, um grupo, né, o Eduardo estava lá, mas o Eduardo, na verdade, para ser sincero, não tinha nenhuma participação muito relevante no processo”, disparou ele.

Eduardo Bandeira de Mello, que presidiu o clube de 2013 a 2018, adotou uma gestão focada na austeridade financeira, ajudando a equilibrar as contas. Porém, após sua reeleição em 2015, alguns ex-integrantes da chapa azul criticaram sua participação limitada no processo de recuperação financeira. Atualmente, Bandeira apoia a candidatura de Maurício Gomes de Mattos nas próximas eleições do clube.

Bandeira de Mello durante coletiva no Flamengo (Foto: Divulgação)

Ainda na entrevista, Landim reforçou suas declarações com dados das receitas do Flamengo ao longo dos anos. Assim, ele enfatizou que, entre 2013 e 2015, com a chapa unida, houve redução das dívidas e aumento de receitas. Contudo, segundo Landim, após a reeleição de Bandeira e a saída de Wallim, o clube teria ficado estagnado financeiramente devido ao fim do acordo interno que proibia a reeleição.

Nesse período, entre 2013 e 2015, a dívida foi reduzida de R$ 750 milhões para cerca de R$ 500 milhões. Já a receita cresceu para aproximadamente R$ 500 milhões. Landim destacou que, ao final da gestão de Bandeira, o clube não demonstrava avanços financeiros significativos e seguia estagnado.

Crescimento financeiro do clube

Em 2019, após reassumir a presidência, Landim afirmou que o Flamengo retomou o crescimento financeiro, alcançando uma receita de R$ 800 milhões. A expectativa para 2024 é otimista, com uma projeção de R$ 1,37 bilhão, consolidando o clube no patamar de arrecadação acima de R$ 1 bilhão por quatro anos consecutivos.

Landim finalizou dizendo que, nos três últimos anos de Bandeira, as finanças do clube permaneceram praticamente no mesmo nível. No entanto, sob sua gestão, a receita subiu de R$ 500 milhões para R$ 800 milhões, dando início a uma nova fase de crescimento financeiro para o Flamengo.