A defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, emitiu nota informando que pediu o arquivamento da investigação que apura suposto envolvimento do atleta em manipulação de resultados em uma partida do Campeonato Brasileiro, de 2023. Ainda de acordo com a nota, Bruno já foi investigado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), onde não foi encontrado nenhum indício que o incrimine.
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Na semana passada, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Bruno Henrique, na sede do Flamengo, na Gávea, entre outros endereços, como consequência de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público, que apura o suposto envolvimento do atleta em manipulação de resultados.
A suspeita incorre em um lance em uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023. Bruno Henrique comete falta em Soteldo, do Santos, a poucos minutos do fim da partida. Ele recebe um cartão amarelo pela infração e reclama efusivamente com o árbitro da partida, é advertido novamente e consequentemente é expulso.
O lance levantou suspeitas quanto às intenções do atacante e ele foi denunciado e investigado pelo STJD, que entendeu que não haviam indícios que comprovassem a tentativa de manipulação em favorecimento de apostas esportivas. Até que esta operação reviveu o caso.
A situação ocorreu entre os confrontos da final da Copa do Brasil, que o Flamengo se sagrou pentacampeão, e o atleta correu o risco de ficar de fora da decisão. Mas em uma reunião com a diretoria ficou acordado que ele participaria dos jogos. Ele entrou no segundo tempo do confronto contra o Atlético-MG, na Arena MRV, e fez a jogada que Gonzalo Plata aproveitou para marcar o único tento da partida.
A defesa do jogador insiste na inocência do atleta e pede a reintegração imediata dos bens apreendidos.
Confira nota completa
“Após análise de documentos que baseiam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, a defesa do atacante vem a público reforçar o caráter íntegro de seu cliente, que tem uma carreira vitoriosa moldada por ética e correção. Protocolizamos no último sábado na Justiça pedido de arquivamento da investigação e a imediata devolução de seus bens apreendidos em operação na última terça-feira.
É de se ressaltar que este caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta.
O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.
Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas.
Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada”.