Isso foi o que o CEO do Atlético-MG disse após caos na Arena MRV

Torcida do Atlético-MG (Foto: Reprodução/Instagram)

A atuação da torcida do Atlético Mineiro na final da Copa do Brasil foi vexatória, o caos, os problemas e tudo que envolveu a partida foi vergonhoso.

O CEO do Atlético Mineiro Bruno Muzzi, comentou sobre o que aconteceu na partida, e classificou como ‘vergonhosa’ a atitude dos torcedores no jogo.

Para o CEO, a atitude dos torcedores do Atlético Mineiro vai gerar uma drástica mudança nos protocolos da Arena MRV, que permanece interditada desde o acontecido.

Bruno Muzzi comentou como que acompanhou todo o processo da final da Copa do Brasil e o que fazer agora.

Desde as invasões de torcedores sem ingresso, bombas no gramado que machucaram repórteres e jornalistas, ofensas, misoginia e machismo a jornalista, injúria racial entre outros.

O Galo tenta reverter a decisão de não poder jogar na Arena MRV de portões fechados até o julgamento:

“Foram atos lamentáveis em tudo que a gente viu aqui. Jamais era a intenção do Atlético que esse tipo de situação acontecesse. Tem muita coisa a ser pensada, a ser refletida, a ser mudada. A gente já conhece os erros que aconteceram. A pior coisa que poderia acontecer é a gente se isentar de responsabilidades ou apontar dedos. Precisamos assumir todos os pontos e ver o que a gente pode fazer daqui para melhorar”, iniciou

“Acompanhei a operação desde meio-dia no centro de comando. Todas as ações estavam acompanhadas em tempo real. Começamos a apresentar os problemas por volta de uma hora, e as decisões foram sendo tomadas ali. O Atlético tem, nesse centro de comando, mais de 350 câmeras para a gente ter acesso à situação. Estamos monitorando, identificando todas as pessoas, o máximo de pessoas possíveis, para a gente poder punir”, completou.

O CEO também disse que o clube está contribuindo totalmente com a polícia para que todos os responsáveis sejam punidos judicialmente:

“A polícia esteve aqui, com acesso a todas as câmeras. Estamos contribuindo totalmente para que a gente possa identificar e punir essas pessoas”.

Quais serão os próximos passos?

Bruno Muzzi confirma que agora, o Atlético Mineiro vai adotar outros passos para o controle do que aconteceu e diz que, muitas bombas são decorrentes da invasão que aconteceu:

“Vamos revisar todos os nossos protocolos, obviamente. Protocolo de segurança, entrada, tipos de catraca. Tentaremos fazer uma melhor interpretação da lei do torcedor para que essa discussão, de segurança privada x segurança pública, seja levada com uma interpretação maior. Que não a polícia, que a força pública, seja somente uma força suplementar, mas que seja uma força em conjunto com a organização do evento”, iniciou

“Muitas das bombas que aconteceram aqui, a gente imagina que tem acontecido pela invasão do estádio. O estádio, em seus acessos, teve diversas invasões na esplanada e depois essas pessoas vieram invadir os portões do estádio e a gente imagina que essas bombas vieram com essa turma de criminosos que invadiram o estádio”, completou Muzzi.

Uma das ações será a colocação de vidro protetor entre os torcedores e o campo. Muzzi justifica que o projeto inicial era deixar os torcedores próximos ao gramado, algo que não deu certo:

“Estamos vendo que, a questão do vidro, não teremos como sair dessa situação. Esse estádio foi pensado na proximidade do público, mas não vai funcionar, a gente precisa realmente pensar nos vidros. Precisamos pensar no sistema de catracas mais robustas. Acho que muitas coisas precisam ser pensadas para a nossa realidade”.

Ingressos intransferíveis e reconhecimento facial nas catracas da Arena MRV também são medidas que, segundo o CEO, serão necessárias para a mudança do comportamento dos torcedores no estádio e a garantia da segurança:

“Não vejo outro caminho. Temos que pensar até na questão de ingressos em intransferíveis, que são medidas impopulares, mas da forma como é o futebol, o a gente viu aqui, isso não pode repetir. A Precisamos realmente aproveitar esse episódio e tomar medidas mais duras, então pensar em ingressos que não podem ser transferidos”