Rodolfo Landim manda recado para John Textor, do Botafogo

Foto: Reprodução / Mundo FV Podcast

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, levantou questões importantes sobre o Fair Play Financeiro no futebol, especialmente em relação ao cenário atual dos clubes brasileiros. Em recente declaração, Landim fez uma crítica direta a uma prática que considera arriscada para a integridade financeira do esporte no país. 

Além disso, ele deu um recado para o empresário John Textor, dono do Botafogo, que, segundo ele, pode se irritar com os pontos que foram levantados.

O risco da falta de regulamentação financeira

Landim apontou a necessidade urgente de uma regulação do Fair Play Financeiro a nível global, mais especificamente sob a supervisão da FIFA. O presidente do Flamengo explicou que, atualmente, clubes estão se formando em grupos transnacionais, onde um investidor compra clubes em diferentes países, o que cria um cenário propício para distorções financeiras. 

“O sujeito compra um clube na Espanha, outro na França, outro nos Estados Unidos”, explicou Landim, ressaltando que, com isso, a regulamentação se torna mais complexa e, em alguns casos, ineficaz.

Cabe ressaltar que essa falta de controle permite que clubes, como no caso do Botafogo, invistam quantias superiores às suas receitas. Landim lembrou que, no ano passado, o Botafogo teve R$ 330 milhões de receita, mas investiu cerca de R$ 500 milhões. 

“Como é que alguém que tem R$ 300 milhões de receita pode investir R$ 500 milhões?”, questionou o dirigente, destacando as dificuldades que surgem quando a regulamentação financeira não é robusta. “Por isso, a FIFA vai precisar entrar nessa discussão.”, disse o dirigente.

As possíveis brechas no sistema atual

Além disso, Landim mencionou a preocupação com a possibilidade de burla ao Fair Play Financeiro, como já acontece em algumas ligas europeias. No exemplo dado, ele destacou a possibilidade de um clube brasileiro, que não possui regulamentação de Fair Play, comprar jogadores de alto custo e depois emprestá-los para clubes co-irmãos no exterior, com o clube brasileiro arcando com o prejuízo e o time co-irmão recebendo o atleta sem custos. “Isso é uma maneira de burlar o Fair Play Financeiro”, alertou Landim.

Sendo assim, ele propõe que a FIFA deve assumir um papel mais ativo na regulamentação, já que, sem isso, os clubes poderão continuar praticando essas “malandragens”. Com isso, a necessidade de uma abordagem mais centralizada e global se torna cada vez mais evidente. O dirigente do Flamengo não só lançou críticas, mas também mostrou que já está em conversa com a FIFA, demonstrando sua preocupação com o futuro do futebol.