Vanderlei Luxemburgo trouxe à tona um episódio marcante de sua carreira. Segundo ele, a situação influenciou diretamente sua saída do comando da seleção brasileira nos anos 2000. O técnico atribuiu à Rede Globo um papel negativo em sua demissão.
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Em conversa no “Charla Podcast”, veiculado no YouTube, o treinador falou da polêmica. Nesse período, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada para apurar os contratos da Nike com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Porém, as investigações tiveram impacto direto sobre Luxemburgo.
Uma ex-secretária do técnico alegou que ele teria obtido lucros com transferências de jogadores e adquirido imóveis em seu nome, ações que fariam parte de um esquema de lavagem de dinheiro.
Diante dessas acusações, o Ministério Público denunciou Luxemburgo por sonegação fiscal entre 1993 e 1997. O técnico teve seu sigilo bancário quebrado e, em seguida, oficializou a alteração de seu nome de “Wanderley” para “Vanderlei”.
Luxemburgo criticou a condução da CPI, considerando-a inapropriada e alegando que foi alvo de ataques injustificados devido à posição que ocupava na época. Além disso, ele ressaltou que as acusações não se sustentavam.
Nesse sentido, o técnico destacou a grande exposição de sua imagem em rede nacional, comparando a cobertura de seu caso com outros amplamente explorados pela imprensa no Brasil. Apesar do impacto, Luxemburgo afirmou que superou o episódio e seguiu sua trajetória.
Ele ainda apontou possíveis interesses comerciais por trás do tratamento recebido, citando pressões relacionadas à convocação de jogadores para competições como as Olimpíadas.
“Me botaram no Jornal Nacional durante uma semana como se eu fosse o maior vilão do Brasil, como fizeram com a Escola Base, mas eu consegui ressurgir. Foi uma covardia muito grande por interesse comercial”, recordou.
Luxemburgo faz desafio contra a Globo
Por fim, Luxemburgo desafiou a Rede Globo a apresentar provas das acusações feitas contra ele. Ele enfatizou que, mesmo após mais de 20 anos, as alegações nunca foram comprovadas. “Desafio o Jornal Nacional, o Willian Bonner, a provar que eu ganhei alguma coisa ilícita no futebol”, destacou.