A declaração de Júlio Brant a Pedrinho, presidente do Vasco

Pedrinho, presidente do Vasco (Foto: Reprodução/Vasco TV)

O ex-candidato à presidência do Vasco da Gama, Júlio Brant, rebateu as declarações dadas pelo presidente Pedrinho na entrevista coletiva que ele concedeu na última quinta-feira. Júlio se mostrou surpreso ao ser citado como alvo da investigação que apura irregularidades na venda da SAF vascaína.

Na última quinta-feira (14/11), o presidente Pedrinho concedeu uma entrevista coletiva em São Januário e respondeu vários questionamentos da imprensa, falou sobre a reestruturação financeira do clube e sobre a venda das ações da SAF. Dentre os pontos abordados, ele afirmou que existe uma comissão responsável por apurar irregularidades na venda do futebol para a empresa estadunidense 777 Partners. Ele citou nominalmente várias personalidades da política do clube, inclusive o ex-candidato à presidência Júlio Brant.

Brant concorreu ao cargo de presidente nos últimos pleitos vascaínos, chegou a ser eleito no final de 2017, mas perdeu na votação realizada no Conselho. Homem da Sempre Vasco, em entrevista ao GE, ele afirmou que não tomou quaisquer decisões acerca da venda.

“Fiquei surpreso, assim como todos que conhecem minha história e atuação no clube, com o posicionamento do Pedrinho na coletiva de quinta-feira. Primeiro, porque nessa época estávamos no mesmo grupo. Eu era representante da Sempre Vasco na comissão da SAF, assim como outros que estão inclusive na atual gestão do Pedrinho, e nada era feito ou decidido sem o conhecimento, alinhamento e consentimento do grupo. Segundo, porque não tinha nenhuma capacidade de decisão. Era da oposição à gestão. Nosso papel não era tomar decisões, mas fazer um acompanhamento responsável do tema. Na época, inclusive, coloquei e propus alternativas de SAF ao Jorge Salgado e sua equipe”, disse.

“Ele reiterou a vontade de esclarecer todos os pontos levantados mas alertou que a investigação não pode virar um “palco de perseguição política visando a próxima eleição”.

Sempre estive disposto a ajudar o clube, independente da gestão. O exemplo disso foi que este ano atuei diretamente para ajudar na captação do maior patrocínio da história do clube, que tem ajudado no fechamento das contas nesse momento desafiador, como dito pelo próprio CEO da SAF. A apuração que está sendo feita é importante, fundamental e tem meu apoio. Fui convidado, confirmei presença, mas foi desmarcada pela organização e ainda não conseguimos conciliar uma nova data. Especialmente, para entender erros e acertos, melhorar o processo para a próxima venda que já está prometida pelo presidente. Mas não pode virar palco de perseguição política visando a próxima eleição”, finalizou.