O presidente Pedrinho gerou controvérsia ao levantar questionamentos sobre a reforma da Sede Náutica da Lagoa, do Vasco, na Lagoa Rodrigo de Freitas, e acusar Fernando Lima, o ‘Zé Colmeia’, de usar o clube em benefício próprio.
Na última quinta-feira (14/11), o presidente do Vasco da Gama, Pedrinho, levantou uma série de questionamentos durante a entrevista coletiva que concedeu em São Januário. Ele debateu a respeito da venda da SAF, sobre a vida política do clube, e também entrou em conflito com um influencer vascaíno, o ‘Zé Colmeia’, ao afirmar que ele usou o Vasco em benefício próprio.
Pedrinho alega irresponsabilidade no uso do dinheiro arrecadado para a reforma da Sede da Lagoa. Segundo ele, havia problemas elétricos no local, mas ‘Zé Colmeia’ deu preferência à compra de torneiras douradas.
“Esse cidadão estava na sede da Lagoa. Não mexi nessa campanha em respeito ao torcedor. Quando tomei conhecimento de tudo, descobri que lá temos um problema de elétrica que poderia pegar fogo na sede. ‘Ué, e por que não pega esse dinheiro e faz a elétrica?’ Não, porque a pessoa falou que tem que colocar torneira de ouro porque isso que dá visibilidade. Depois essa pessoa se candidata a vereador. Então eu tenho que tirar essa pessoa de lá, porque ali não é lugar das pessoas usarem o Vasco em benefício próprio. E eu vou fazer a intervenção, mandou uma equipe para cuidar do problema da elétrica. É muita coisa, as pessoas dão credibilidade a pessoas que não são profissionais. Isso é muito grave, os torcedores acreditam nesses personagens”, disparou Pedrinho.
‘Zé Colmeia’ arrecadou cerca de 3 milhões de reais por meio de uma campanha com vascaínos para reformar a Sede Náutica da Lagoa. Em reconhecimento ao trabalho, existe uma placa de inauguração no local em que o agradece: “Agradecemos a Fernando Lima e aos vascaínos que viabilizaram essa obra”.
Em entrevista ao GE, logo após a repercussão do caso, o influencer que tem 140 mil seguidores nas redes sociais, se defende das acusações e disse estar decepcionado com Pedrinho: “Hoje um pedaço de mim morre”.
“Eu comecei a reforma com a torcida. Sem a torcida ninguém faz nada no Vasco. Quando a gente estava mais sofrido, com o Vasco na Série B, eu iniciei a campanha para cuidar do patrimônio do clube. Quanto mais doía, mais o torcedor abraçava. A gente criou uma conta, botei um membro de cada grupo político para visualizar a conta. Todo o dinheiro que entrava de doação era visualizado, e tudo que saía eu botava o recibo. Todo mundo confia em mim. Fizemos tudo como a história do Vasco”, completou.
Ele explicou a polêmica das torneiras, dizendo que foi ideia do arquiteto responsável pelas obras e que apresentou as notas fiscais das compras.
“A gente havia feito a ala da presidência lá em cima, trocou as portas, reformou o rooftop. Quando terminamos, o vice de patrimônio dele (Willians Pereira) me disse que tinha que mexer no banheiro do salão nobre. Eu falei com o arquiteto, que sugeriu as divisórias em preto com dourado. Eu pensei: “Estamos no ano da Resposta Histórica, o negro que virou ouro nas terras da colina…”, disse e completou. “A gente comprou as torneiras no Mercado Livre, cara. Tudo com nota fiscal”.
