Especialista faz alerta da situação financeira do Flamengo

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Marcos Braz, vice de futebol do clube (Foto: Reprodução/ Goal)

O economista Cesar Grafietti fez um alerta sobre as finanças do Flamengo. Segundo ele, a diretoria fez investimentos importantes de grandes volumes que oneraram as receitas do clube e a situação financeira pode não ser sustentável na próxima temporada.

Há algumas temporadas, o Mais Querido é visto como case de sucesso para as gestões no futebol brasileiro. Desde 2013, o clube trabalhou para reequilibrar as contas e chegar ao poder de investimento que tem hoje. No entanto, mesmo com receitas anuais bilionárias, o economista Cesar Grafietti alerta que se não houver responsabilidade, tudo pode ser perdido.

Só em 2024, o Flamengo investiu 366,8 milhões de reais em contratações e 138 milhões para a aquisição do terreno no Gasômetro para a construção do estádio próprio. 

O economista Cesar Grafietti publicou um vídeo nas redes sociais, onde afirmou que teve acesso ao orçamento da próxima temporada e que nele existem números que ele não sabe como serão adquiridos. Há o arrecadação de pelo menos 146 milhões de reais pela venda das cadeiras do novo estádio flamenguista, que sequer tem projeto pronto.

“Eu tive acesso a um orçamento que o Flamengo fez para o ano que vem e surgiram uma série de movimentações que mostram um cenário bem menos tranquilizador do que eu imaginava. O clube espera terminar o ano com o caixa praticamente zerado, pouco mais de R$ 3 milhões. O que mais me surpreende para o início de 2025 é que o Flamengo estima receber R$ 146 milhões de vendas de cadeiras do novo estádio. Agora, como que o clube propõe ou espera receber este valor se nem existe um projeto”, disse. 

O economista ainda levanta a preocupação dos investimentos terem sido feitos em um ano eleitoral e alertou que a saúde financeira que demorou anos para ser conseguida, pode desmoronar nesse tipo de movimento.

“Então, mostra um risco que o clube assume ao fazer um investimento tão importante, mas no ano eleitoral. O clube hoje mostra-se um pouco mais vulnerável do que era há algum tempo. É muito fácil você destruir algo que levou tanto tempo para ser recuperado. Nesse fluxo positivo que o Flamengo tem, o risco dele se desestruturar muito rápido é muito grande”, concluiu Cesar.