Rafinha, lateral direito do São Paulo, abriu o jogo sobre os ressentimentos que tem do técnico Tite ainda de quando ele era treinador da Seleção Brasileira.
O lateral deu uma entrevista ao Podcast Denílson Show, no Youtube, e diz guardar mágoa de Tite da época em que ele foi treinador da Seleção Brasileira.
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Durante a preparação para a Copa de 2018, quando ele jogava pelo Bayern de Munique, ele relembrou ter contato com Tite e a promessa do técnico de o convocar para a Seleção Brasileira.
“Eu disse: ‘Eu quero, sim, jogar na Seleção, mas desde que você me der uma sequência. Eu nunca tive sequência, foi por isso que pedi para ser desconvocado’”, disse Rafinha para Tite.
Rafinha disse que Tite alimentou o sonho dele em convocá-lo para a Seleção, mas, isso de fato nunca aconteceu.
“Nas entrevistas coletivas ele ficava alimentando meu nome, me dando esperança, mas não me convocava. Faltou com a palavra comigo. O Tite sabe dessa mágoa que tenho com ele porque faltou com a palavra comigo”, contou.
Rafinha revela também que, na época, foi procurado por companheiros da Seleção Alemã e pelo técnico Joaquim Löw a se naturalizar alemão e que chegou a pensar na proposta.
“Eu estava decidido [em me naturalizar alemão]. Eu estava tão zangado, tão frustrado de não ser convocado depois da Copa de 2014 nenhuma vez… Não me arrependo de pedir para ser desconvocado em 2015. Me arrependi de ter voltado para Seleção em 2017, porque o Tite me ligou e falou que ia me dar oportunidade”, disse Rafinha.
Jogador acredita que merecia uma oportunidade:
Rafinha revela que, após as saídas de Daniel Alves e Maicon, titulares da Seleção Brasileira entre 2010 e 2018, ele deveria ter recebido uma oportunidade como titular da Seleção Brasileira.
“Depois da safra do Daniel [Alves] e do Maicon, eu acho que deveria ter recebido mais oportunidades. Depois de 2014 teve a situação do treinador da seleção alemã [Joachim Low] que queria que eu me naturalizasse alemão para jogar por lá. Aí comecei a virar a chave, falei: ‘Vou jogar pela Alemanha, no Brasil não sou convocado’”, completou ao podcast.
Rafinha acreditava que, com oportunidades, ele poderia ser chamado, mas Tite preferiu dar oportunidade para Danilo e Fagner:
“Ele me convocou nas férias para jogos contra Argentina e Austrália. Aí eu pensei: ‘ótimo, sinal de que vai me convocar nessa e em outras’. Ele me colocou faltando uns quatro, cinco minutos contra a Argentina e como titular contra a Austrália. Um mês depois ele chamou Fagner e Danilo. Eu disse que não precisava me convocar se não fosse me dar sequência, já passei por isso em 2015. Aí eu ‘larguei’. Quando saiu a convocação para Copa de 2018 eu ‘larguei'”