O momento vivido por Rafael Paiva à frente do Vasco não poderia ser mais delicado. Após uma sequência de derrotas e uma queda de rendimento que já dura semanas, o treinador se vê cada vez mais distante da permanência no cargo em 2025. Além disso, o clima tenso entre ele, o elenco e a torcida tem feito crescer as especulações sobre sua saída, sem garantias de que ele termine o Brasileirão no comando da equipe.
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A pressão aumenta: resultados abaixo das expectativas
Sendo assim, a derrota para o Internacional por 1 a 0 na última quinta-feira foi a gota d’água para uma crise que se arrasta há algum tempo. O Vasco, que perdeu a invencibilidade em casa que durava desde abril, já soma três derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro.
Isso porque o time de Paiva venceu apenas duas vezes nas últimas 13 partidas, deixando a expectativa de evolução cada vez mais distante. Como resultado, a diretoria já começa a procurar alternativas no mercado para substituir o técnico em 2025.
Vale destacar que a insatisfação não se limita apenas aos resultados. A falta de identificação do elenco com o trabalho de Paiva tem gerado desconforto no vestiário. Muitos jogadores passaram a questionar suas escolhas, como foi o caso do uso de Rossi nos minutos finais do empate com o Atlético-MG, que culminou na eliminação do Vasco na semifinal da Copa do Brasil. Essa decisão e outras ao longo da temporada têm sido criticadas por quem acompanha o dia a dia no clube.
Citações polêmicas e o desgaste com a torcida
Além disso, Paiva tem lidado com a pressão externa. Se antes era bem visto pela torcida, agora o cenário é diferente. Durante a coletiva pós-jogo, o técnico fez uma declaração que não caiu bem: “Não há torcida que vaia mais jogador que a do Vasco”. A frase gerou um desconforto tanto internamente quanto entre os torcedores, que, no final do jogo contra o Inter, o xingaram de maneira contundente. “O Vasco já vaiou o Dinamite, quem sou eu para achar que não vou ser vaiado?”, comentou Paiva.
Com isso, o clima entre o treinador e os torcedores está longe de ser o mesmo. Contudo, cabe ressaltar que, em outros momentos da temporada, o trabalho de Paiva foi avaliado positivamente pela diretoria. O técnico, que perdeu jogadores importantes por lesão, como Adson e David, e não recebeu os reforços esperados, como o tão cobrado zagueiro, ainda conseguiu levar o Vasco à semifinal da Copa do Brasil e a sonhar com a Pré-Libertadores.
O futuro de Paiva no Vasco: o que vem por aí?
Portanto, não há uma definição clara sobre o futuro de Rafael Paiva no comando do Vasco. Os dirigentes Pedrinho, Felipe e Marcelo Sant’Anna, que mantêm contato constante com o treinador, devem se reunir para decidir se ele continuará no clube, mas em outro cargo.
Isso porque, embora tenha sido inicialmente contratado para o sub-20, Paiva assumiu interinamente o time profissional em duas ocasiões, e a permanência no comando da equipe principal nunca foi oficializada. Sendo assim, o destino de Paiva ainda está incerto, mas o cenário não é nada otimista.