A segunda derrota dentro de casa no ano pode também resultar na segunda queda de um treinador vascaíno. Após perder para o Internacional, Rafael Paiva reclamou das vaias da torcida ao fim do jogo e a declaração junto ao mau desempenho da equipe, sedimentaram a saída do treinador.
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O Vasco da Gama recebeu o Internacional pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, na última quinta-feira (21/11), em São Januário, e foi derrotado por 1 a 0. O revés é o terceiro seguido dentro da competição, que o distancia da briga por uma vaga na próxima Copa Libertadores da América e o fez descer para a 10ª posição, com 43 pontos.
O retrospecto ruim nos últimos 13 jogos, com 7 derrotas, 4 empates e apenas duas vitórias, fizeram com que o treinador Rafael Paiva perdesse o prestígio com os vascaínos e com a diretoria. Ele se sustentou no cargo interinamente por conta dos bons resultados dentro do Brasileirão e pelo avanço até às semifinais da Copa do Brasil. Mas, a queda de rendimento, as escolhas duvidosas e a declaração depois do jogo contra o Colorado, o ameaçam de sequer disputar as quatro rodadas restantes do torneio nacional.
Durante a entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0, Paiva se incomodou com os protestos dos torcedores, que vaiaram os atletas na saída do campo, entoaram gritos de “burro” e “time sem vergonha”. Ele disse que a torcida do Vasco é a que “mais vaia jogador” e se comparou ao ídolo vascaíno, Roberto Dinamite, para minimizar a situação.
“O Vasco já vaiou o Dinamite, quem sou eu para achar que não vou ser vaiado? Faz parte da profissão”, disse e continuou pedindo paciência aos vascaínos. “Para mim tem sido uma experiência incrível, tenho tentado entregar o meu melhor, tentando deixar o Vasco onde merece, mas temos que entender o processo e ter paciência”.
A declaração não repercutiu bem internamente e se juntou a falta de habilidade com o elenco. Ele já não consegue lidar com o vestiário e com a insatisfação de alguns jogadores, além de ter preterido os jovens da base para insistir em atletas que não permanecerão para o ano que vem.
Entre as escolhas apontadas estão a de Rossi na semifinal que eliminou o Vasco contra o Atlético-MG. Havia três meses que o atacante não entrava em campo e, por estar fora dos planos da diretoria, a opção por ele causou surpresa.
Por isso, existem conversas para determinar se ele sequer termina o Campeonato Brasileiro como treinador do clube. Ele conversa diariamente com o diretor técnico Felipe, o diretor de futebol Marcelo Sant’Anna e o presidente Pedrinho, para saber se ele será mantido em algum cargo no Cruz-Maltino após ser desligado desta função.