Após o empate entre Grêmio e Cruzeiro, na última quarta-feira, Renato Gaúcho mostrou insatisfação com a imprensa gaúcha e fez duras críticas em entrevista coletiva. O técnico afirmou que muitas notícias falsas estão sendo divulgadas e ameaçou deixar de conceder entrevistas caso a situação persista.
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“Se continuarem inventando notícias para tumultuar o ambiente, eu vou ser o primeiro a conversar com a direção e pedir para não dar mais entrevistas. Se continuarem mentindo, vou dar nomes aos bois, chamar de mentirosos e covardes. Vocês também têm família, andam por aí, e o torcedor conhece. Alguns de vocês vão começar a passar dificuldade também”, declarou Renato.
Sormani classifica fala como “ameaça”
As declarações de Renato repercutiram mal. O jornalista Fábio Sormani criticou o técnico no programa ESPN F90, classificando as falas como uma ameaça direta aos profissionais da imprensa. Segundo ele, a declaração deveria ser alvo de punição pela CBF ou pelo STJD.
“Isso é uma ameaça. Tem que abrir um B.O. Essa declaração é coisa de mafioso. Como assim vai entregar o nome para torcedores e os caras vão perseguir você na rua? O STJD e o sindicato dos jornalistas precisam tomar providências. É uma ameaça de morte, grave demais”, afirmou Sormani.
Técnico nega ameaças
Diante da repercussão negativa, Renato Gaúcho usou suas redes sociais para rebater as acusações. O treinador afirmou que não fez nenhuma ameaça e disse ser contra qualquer tipo de violência, explicando que sua intenção era cobrar mais respeito da imprensa.
“Não sou de fazer ameaças. Sou contra qualquer ato de violência, e quem me conhece sabe disso. O que vemos cada vez mais no futebol é a falta de respeito, principalmente de jornalistas identificados com clubes. Não ameacei ninguém, mas é preciso trabalhar com respeito”, esclareceu o técnico.
O episódio reacendeu o debate sobre o limite das críticas no futebol e a relação entre técnicos, jogadores e jornalistas. Renato Gaúcho destacou que comentários ofensivos afetam não só os profissionais, mas também suas famílias, pedindo mais responsabilidade nas análises.
O caso ainda divide opiniões, mas até o momento, nem a CBF nem o STJD se pronunciaram sobre o tema. Por outro lado, entidades de classe discutem a possibilidade de resposta formal às declarações do treinador.