A reação do Craque Neto ao descobrir o valor que os árbitros ganham no Brasil

Comentarista Neto em programa da Band (Foto: Reprodução/Band)

O comentarista e apresentador do “Donos da Bola”, Craque Neto, criticou os valores que os árbitros do futebol brasileiro recebem para apitar os jogos. Durante um debate, o jornalista Jorge Nicola informou a quantia paga e ele se indignou: “é um dinheiro fraco”.

De acordo com a informação passada pelo jornalista Jorge Nicola, durante um programa do “Donos da Bola”, os árbitros filiados à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebem entre 4 e 6 mil reais.

“Depende se é Fifa ou não. Entre 4,5 e 6 mil reais por jogo”, disse Nicola e logo em seguida, o apresentador retrucou. “É um dinheiro fraco”.

Profissionalização da arbitragem

Um dos assuntos mais frequentes dentro do debate sobre a melhora da qualidade das arbitragens brasileiras passa pela profissionalização da categoria. Atualmente, os juízes acumulam outras funções que os sustentam, enquanto arbitrar é algo à margem.

Desde 2019, tramita a PL 864/2019 no Senado Federal que tem como objetivo alterar a Lei Geral do Esporte e determinar que os árbitros e assistentes tenham vínculo empregatício com as entidades pelas quais atuam.

No último dia 18, o grupo de trabalho da Comissão do Esporte iniciou as discussões sobre o projeto. O relator do PL e presidente da comissão, o senador e ex-jogador Romário apontou a urgência para que a profissionalização aconteça.

“Quero destacar a necessidade urgente de profissionalizar os árbitros, os únicos ainda que não são profissionais do futebol. É essencial ouvirmos todos os envolvidos, especialmente os árbitros e suas entidades”, disse durante a sessão registrada.  

Em entrevista ao “Alt Tabet”, do canal UOL, o ex-árbitro e agora comentarista Sávio Spínolla defendeu a regulamentação da profissão dos juízes no país.

“Os cinco principais árbitros do Brasil ganham por ano R$ 250 mil, os demais não. Não é só a questão financeira, o problema é que isso é seleto, para poucos. O mais importante é a segurança jurídica e financeira. O pior desse cenário é que você perde talentos. Vi várias pessoas competentes que abandonaram o futebol porque não tem segurança [na profissão de árbitro]”, disse.