A forma que os jogadores do Botafogo comemoraram a inédita conquista da Libertadores incomodou a jornalista Milly Lacombe. Em um vídeo, que viralizou na internet, é possível ver os botafoguenses cantando um refrão provocando o Atlético-MG. Ela apontou que houve misoginia e que foi uma atitude “preconceituosa e não poderia ter acontecido”.
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O Botafogo foi à Argentina, no último sábado (30/11), enfrentar o Botafogo pela final da Copa Libertadores da América, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, e venceu o Atlético-MG por 3 a 1, com gols de Luiz Henrique, Alex Telles e Júnior Santos. O atacante chileno Eduardo Vargas descontou para o Galo.
Com a conquista da Glória Eterna, a festa de comemoração se estendeu até o domingo (1/12) e em um dos vídeos que viralizaram na internet é possível ver os atletas cantando uma música que provoca o clube mineiro. O canto ‘no Monumental, o Galo virou galinha’, no entanto, foi desaprovado pela jornalista do UOL, Milly Lacombe.
“Festa do Botafogo foi bonita, mas teve misoginia. Os jogadores cantaram: ‘no Monumental, o Galo virou galinha’ em provocação ao Atlético-MG”, alertou.
Ela alertou que embora a atitude pareça inofensiva, ela não é e que “algumas mulheres devem ter se sentido mal”.
“A misoginia é escancarada e passa longe de ser inofensiva. Certamente havia mulheres na festa e algumas devem ter se sentido mal ao escutar homens cantando um refrão tão violento. Mas mesmo que nenhuma tenha notado, a música é preconceituosa e não poderia ter acontecido”, disse.
Milly ainda fez um apelo para que episódios como esse não se repitam.
“É bastante difícil ser mulher e gostar de um esporte que nos detesta. É bastante perturbador ter que interromper um momento de alegria para fazer o papel de chata e pedir: não façam isso com a gente”, finalizou.