Justiça nega liminar de Augusto Melo, e votação de impeachment no Corinthians é mantida
A Justiça de São Paulo rejeitou, nesta segunda-feira, um pedido de liminar feito pelo presidente do Corinthians, Augusto Melo, para suspender a votação que pode definir seu impeachment. A decisão, assinada pelo juiz Erasmo Samuel Tozetto, da 4ª Vara Cível do Foro do Tatuapé, considerou que o processo respeita o estatuto do clube e garantiu a Melo o direito à defesa.
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O pedido de Melo tinha como base a alegação de que Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo e responsável pela convocação da reunião, não seguiu os trâmites previstos pelo estatuto corintiano. Melo argumentou que Tuma teria concordado em aguardar a conclusão das investigações policiais sobre o contrato de patrocínio com a VaideBet antes de prosseguir com o processo.
A Comissão de Ética do clube já havia recomendado a suspensão do procedimento até o fim do inquérito policial, que apura possíveis irregularidades no contrato de patrocínio firmado com a empresa desde maio. Segundo a comissão, uma decisão precipitada poderia resultar em uma injustiça. No entanto, o estatuto permite que o presidente do Conselho Deliberativo encaminhe o impeachment à votação, independentemente das recomendações.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, Romeu Tuma Jr. destacou a legalidade do processo e criticou as acusações de suposto golpe:
“Como Presidente do Conselho Deliberativo do Sport Club Corinthians Paulista, recebi com serenidade a notícia do indeferimento do recurso do presidente da Diretoria Executiva, Augusto Melo, que pedia a nulidade do procedimento da Comissão de Ética e da convocação da Reunião do Conselho desta segunda, com pedido de tutela provisória. Quem alegava que era ‘um golpe’, com a decisão da Justiça, perde a falsa narrativa” declarou Tuma.
A votação ocorrerá nesta noite, no Parque São Jorge, com a primeira chamada prevista para as 18h e a segunda para as 19h. Segundo Tuma, a Polícia Militar garantiu a segurança do evento.
Augusto Melo, que assumiu a presidência do clube no início deste ano com mandato até dezembro de 2026, ainda pode recorrer da decisão judicial. Além do processo atual, um segundo pedido de impeachment foi recentemente protocolado no Conselho Deliberativo e segue em andamento.
