Rafael Menin, um dos donos do Atlético Mineiro, conversou com o GE sobre os investimentos do Galo na próxima temporada.
O Atlético Mineiro não foi uma equipe totalmente ativa no mercado de transferências, mas, fez contratações contundentes para as disputas das finais da Copa do Brasil e da Libertadores, ambas perdidas na final.
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Ele respondeu algumas perguntas do GE antes da final da Libertadores. Fez um balanço sobre os investimentos do clube nessa temporada e qual a projeção da dívida em 2025:
“O nosso planejamento já começou. Ele começou, eu te diria, há quase dois meses. E é claro que a gente trabalha com dois cenários. Um cenário, caso a gente tenha sucesso no jogo (final da Libertadores), a gente tem um pouco mais de folga. E um cenário no qual a gente, tomara que não aconteça, não tenha sucesso, aí é um ano um pouco mais duro, porque dificilmente vai ter Libertadores. Então, a gente passa a ter um orçamento um pouco mais difícil, mas já está sendo planejado”.
“De novo, a gente não tem mudanças grandes. O Galo sempre prefere essa continuidade e ajustes pontuais. De novo, a gente acredita muito no elenco que nós temos, profissionais de muito caráter, de muita qualidade, mas sempre tem uma mudança ou outra no final do ano. E a gente procura sempre acertar mais e errar o mínimo possível” disse.
O Atlético Mineiro foi comprado por R$ 913 milhões em 2023, metade desse valor foi para a dívida da Arena MRV, a dívida total do Galo ultrapassava os R$ 2 bilhões.
Nesse ano, mais investimentos foram feitos, por exemplo, R$ 200 milhões do empresário Daniel Vorcaro, novo investidor do clube.
R$ 100 milhões do FIGA e Rubens Menin se tornando o principal responsável pelos aportes do clube mineiro.
“A conta do Galo é uma conta muito difícil. A gente inclusive é muito cobrado, que a gente deveria investir mais, a despeito de ser o que vem investindo nos últimos três, quatro anos, um valor muito parecido por volta de 500 milhões por ano no futebol, mas não dá pra gente fazer loucura. A gente tem que ter os pés no chão, ter a consciência, a boa consciência, em relação à receita.
“A gente fez uma SAF no ano passado, que foi muito importante. O Galo tinha uma dívida de mais de dois bilhões de reais e vai terminar o ano com uma dívida pouca acima de um bilhão, mas ainda é uma dívida muito grande (…). A gente tem um investimento já muito grande, temos ainda uma despesa financeira com juros muito elevada e a gente tem que continuar trabalhando para reduzir ano após ano a dívida do clube”
“Aí sim, quando a gente tiver um endividamento muito baixo, o Galo pode gastar mais dinheiro ou ter um orçamento maior do futebol em relação a sua receita. Mas sempre com muita racionalidade. Eu sei que o torcedor, o futebol é uma paixão. O torcedor quer sempre mais contratação, mais time. A gente procura equilibrar o desempenho esportivo com o desempenho financeiro. O Galo tem trabalhado muito no limite”
Qual a próxima partida do Atlético Mineiro?
Após perder a final da Libertadores, e finalizar o ano perdendo duas finais consecutivas, o Atlético Mineiro ainda tem uma missão no Brasileirão.
O Galo ainda corre o risco de ser rebaixado no Brasileirão. Apesar de remotas, as chances existem. Em 6 pontos disputados, o Atlético precisa de 1 para se livrar do rebaixamento.
Enfrenta o Vasco, amanhã (4) às 19 horas em São Januário e finaliza a competição no dia 8 às 16 horas contra o Athletico Paranaense em estádio não definido pela CBF.